Se confirmado, volume representará um incremento de 15,8% em relação a 2021/22
Em seu 9º relatório sobre a safra 2022/23, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou em 2 milhões de toneladas sua estimativa para a colheita total de grãos e fibras no país, para o recorde de 315,8 milhões de toneladas. Se confirmado, esse volume será 15,8%, ou 43,2 milhões de toneladas, superior ao estimado no ciclo anterior.
De acordo com o documento, a área destinada para o plantio apresenta um crescimento de 4,8% em relação ao ciclo 2021/22, para 78,1 milhões de hectares. A produtividade também é 10,6% superior, com 4.042 quilos por hectare em média. Esse número, porém, é inferior aos 4.048 kg/ha estimados em maio.
Como ocorre nos últimos anos, a soja segue como o produto mais importante do agronegócio nacional, com estimativa de colheita de 155,7 milhões de toneladas. Esse volume é um pouco superior ao previsto no mês passado e supera em 24% a produção da temporada passada.
Para o milho, a projeção também é de um novo recorde, com 125,7 milhões de toneladas nas três safras do grão, 11,1% acima de 2021/22.
Na primeira safra de milho, a colheita está quase finalizada com uma produção de 27,1 milhões de toneladas. Já para a segunda safra, em fase inicial de colheita, estima-se uma produção de 96,3 milhões de toneladas.
Outra importante cultura de segunda safra, o algodão tem uma produção estimada em 2,98 milhões de toneladas apenas da pluma, o mesmo que o previsto no mês passado e 16,6% mais que no ciclo passado.
Para o arroz, a expectativa é que sejam colhidas 10 milhões de toneladas na safra 2022/23, 7,2% menos que em 2021/22. Já para o feijão, é esperada uma produção em torno de 3 milhões de toneladas, somando-se as três safras da leguminosa, com alta entre as temporadas de 2,6%.
Dentre as culturas de inverno, destaque para o trigo. A área semeada do cereal já atinge 46,9% no país, o que representa um crescimento de 9,7% na área plantada. A estimativa de produção é de 9,8 milhões de toneladas, 7,4% menos que o recorde do último ciclo.
Valor Econômico