Senador Fávaro lidera corrida para ser ministro da Agricultura de Lula, dizem fontes

Senador Fávaro lidera corrida para ser ministro da Agricultura de Lula, dizem fontes

Fávaro foi eleito para mandato até 2027 em uma eleição suplementar pelo Mato Grosso, após a senadora Selma Arruda ter sido cassada pela Justiça Eleitoral

O senador Carlos Fávaro (PSD-MT) está liderando a corrida para ser ministro da Agricultura no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que permitiria ao principal Estado produtor de grãos e oleaginosas do Brasil ter um representante no comando da pasta, disseram duas fontes à Reuters com conhecimento do assunto.

Fávaro, que integra o grupo de agricultura da equipe de transição de governo, está próximo de Lula desde a campanha eleitoral.

Procurada, a assessoria do senador não confirmou nenhum convite oficial por parte do presidente Lula, que já anunciou que só vai divulgar seus ministros depois da diplomação, marcada para o dia 12.

Fávaro foi eleito para mandato até o fim de 2027 em uma eleição suplementar pelo Mato Grosso, após a senadora Selma Arruda ter sido cassada pela Justiça Eleitoral.

Segundo uma das fontes, um empecilho político para Fávaro ser ministro estaria “apaziguado”. Havia preocupação antes sobre a possibilidade de a suplente do senador, Margareth Buzetti (PP) –apoiadora de Jair Bolsonaro–, aumentar a oposição ao futuro governo.

O senador foi presidente da associação de produtores de soja e milho de Mato Grosso há cerca de dez anos. Ele também foi vice-governador do Estado e acumulou o cargo de secretário de Meio Ambiente.

A opção de Fávaro por Lula em um Estado que votou em peso em Jair Bolsonaro, que também recebeu apoio de boa parte do agronegócio local, gerou críticas da Aprosoja-MT ao senador logo após a eleição.

Fávaro, Neri Geller (vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) na Câmara e ex-ministro da Agricultura no governo Dilma Rousseff), e o empresário Carlos Augustin integram uma trinca de apoiadores de Lula em Mato Grosso que tiveram a legitimidade para representar o agronegócio questionada pela Aprosoja-MT.

Mas, segundo Augustin, a manifestação da Aprosoja-MT representou uma “minoria” insatisfeita com a derrota de Bolsonaro, e Geller e Fávaro são bem quistos pelos produtores do Estado.


Reuters