Bayer fecha operação de barter de energia com a Umoe Bioenergy

Bayer fecha operação de barter de energia com a Umoe Bioenergy

Operação já difundida nos mercados de soja e milho no Brasil, o barter (troca de insumos por colheitas futuras) começa a ser testado também na área de energia, para oferecer às usinas sucroalcooleiras que investem em cogeração uma nova alternativa de crédito. A alemã Bayer, forte no segmento de defensivos agrícolas, informou que fechou seu primeiro contrato do gênero com a Umoe Bioenergy, que conta com unidades no interior paulista, processa cerca de 2,5 milhões de toneladas de cana por safra e exporta mais de 150 gigawatts-hora de energia elétrica por temporada ao sistema.

Para que a operação aconteça, a Bayer negocia o pedido com a usina, avaliando a quantidade de produtos e a oportunidade potencial que envolve energia em megawatt-hora (MWh). Na sequência, a Usina apresenta o contrato de compra e venda de energia registrado na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e, em seguida, a Bayer, a usina e comprador fecham a triangulação. Assim que os contratos são feitos, a Bayer entrega os produtos para a usina, que disponibiliza a energia na rede e avisa o comprador. Por fim, o pagamento é realizado para a Bayer”, explica a multinacional, em nota.

Segundo Vinicius Leira, coordenador de bater da Bayer, o fato de os contratos de comercialização de energia serem de longo prazo (dez ou 20 anos) confere segurança à transação. E para Gustavo Dias, CEO da Umoe Bioenergy, a operação é uma boa alternativa para promover benefícios tanto em performance quanto em sustentabilidade para o mercado de cana.


Valor Econômico