Crise de combustíveis: manifestantes e governo do Equador entram em acordo para acabar com protestos

Crise de combustíveis: manifestantes e governo do Equador entram em acordo para acabar com protestos

Segundo o acerto, gasolina cairá de US$2,55 para US$ 2,40 por galão e diesel passará de US$ 1,90 a US$ 1,75; pacto inclui ainda congelamento dos preços da cesta básica e orçamento maior para educação

Manifestantes e o governo do Equador chegaram a um acordo nesta quinta-feira (30) para acabar com protestos dos povos indígenas que aconteciam no país há mais de duas semanas. O pacto, que inclui a redução dos preços dos combustíveis e outras concessões, foi assinado pelo ministro de governo, Francisco Jiménez, o líder indígena, Leonidas Iza, e o presidente da Conferência Episcopal, Dom Luis Cabrera, que atuou como mediador.

"Alcançamos o valor supremo a que todos aspiramos: a paz em nosso país. A greve acabou. Agora começamos juntos a tarefa de transformar essa paz em progresso, bem-estar e oportunidades para todos", tuitou Guillermo Lasso, presidente do Equador.

Os manifestantes exigiam a redução do preço da gasolina, o congelamento dos preços de produtos da cesta básica e um orçamento maior para educação, entre outras reivindicações. Os protestos provocaram o bloqueio intermitente de estradas impedindo a passagem de veículos particulares e cargas, o que provocou escassez de alimentos e combustível no país.

Segundo o acordo firmado, o preço da gasolina cairá de US$2,55 para US$ 2,40 por galão e o diesel passará de US$ 1,90 para US$ 1,75. Também ficou definido que a fronteira petrolífera do Equador não será estendida e que as atividades de mineração não serão realizadas em áreas protegidas, em parques nacionais e em fontes de água.

O governo agora tem um prazo de 90 dias para entregar soluções às reivindicações dos indígenas. Ao anunciar o acordo, Dom Cabrera afirmou que "só com diálogo se pode encontrar a paz social, espero em breve, com atenção especial às populações marginalizadas, mas sempre respeitando os direitos de todos".

 

VALOR ECONÔMICO