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Governo fez consulta a empresas sobre capacidade de entrega para o caso de elevação do teor, medida que vem sendo cogitada
A indústria do biodiesel sinalizou ao governo federal que tem capacidade para atender a um aumento de mistura do biocombustível ao diesel de 10% para 11% já em maio e para 12% a partir de julho, de acordo com documento obtido pelo Valor.
As fabricantes informaram a projeção em resposta a uma consulta do governo federal sobre qual seria a capacidade de entrega da indústria em caso de aumento de mistura, medida que vem sendo cogitada para garantir o abastecimento de diesel para a frota nacional. O governo teme que a crise desencadeada pela guerra na Ucrânia gere desabastecimento de diesel no país.
Produzido pelas três entidades que representam o setor — Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove), Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) e União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) —, o documento foi enviado ao secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Rafael Bastos.
Segundo as três organizações, as empresas conseguiriam atender a mistura de 11% a partir de 1° de maio e a de 12% a partir de 1° de julho. Em caso de aumento para 15%, as empresas informaram que teriam capacidade de entrega a partir de 1° de março de 2023. A indústria defendeu ainda que as elevações de mistura intermediárias, entre 12% e 15%, poderiam ser avaliadas continuamente pelos comitês de monitoramento de abastecimento do ministério.
Valor Enonômico