Encerro minha atuação à frente da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Quero agradecer ao governador Geraldo Alckmin, que me confiou esta missão tão importante e gratificante. Quero agradecer também às produtoras e aos produtores rurais, que me apoiaram durante estes três anos.
Festejar que as quatro diretrizes que estabelecemos foram cumpridas com afinco e colaboração de toda a equipe da Secretaria. Nossa primeira diretriz foi mostrar que a agricultura é compatível com o meio ambiente, comprovada por iniciativas que unem preservação e produção como, dentre tantas outras, o Projeto Nascentes em Holambra e em Botucatu/Pardinho.
Ou ainda nas estradas rurais readequadas pela nossa Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo (Codasp) com o Programa Melhor Caminho/Pontos Críticos. Obras que não apenas melhoram o escoamento da produção e o transporte, mas reservam água, evitam assoreamento e garantem mais produtividade ao agricultor que tem sua propriedade à beira da via.
Em três anos de gestão, atendemos 136 municípios com as obras, em um investimento que supera os R$ 116 milhões. Além disso, conseguimos fazer com que o banco Mundial autorizasse o uso de verbas do Programa Microbacias II também para readequação de estradas: já são 132 convênios firmados.
Também fomentamos a produção agroecológica assinando com a Secretaria do Meio Ambiente um protocolo para auxiliar o produtor que quer seguir o caminho da produção orgânica.
Nossa segunda diretriz foi mostrar que todos devem ser apoiados, mas particularmente o pequeno agricultor e a agricultura familiar - que merecem mais atenção do Estado. Com o Microbacias II, 267 projetos foram ou estão sendo executados, gerando renda e agregando valor à produção de 248 associações e cooperativas paulistas, mudando a vida de 10.475 produtores rurais.
Recurso que serviu ainda para a reforma de 74 Casas da Agricultura, pontos de encontro dos nossos amigos produtores, com investimento de R$ 11 milhões. E tivemos ainda a autorização do governador Geraldo Alckmin para a reforma de outras 64. Um sucesso que criou condições para que venha o Microbacias III.
Desenvolvemos um site especialmente para quem quer participar das compras públicas; lançamos o Plano Mais Leite, Mais Renda para auxiliar a pecuária das pequenas propriedades e dos agricultores familiares; treinamos 1.268 produtores entre 2016 e 2017 com o Programa de Sanidade em Agricultura Familiar (Prosaf); para citar alguns exemplos.
Nossa terceira diretriz era aproximar da produção no campo o conhecimento gerado em nossos institutos de pesquisa, atendendo as demandas do cotidiano do produtor. Fazer com que as agruras do homem do campo orientem os trabalhos dos pesquisadores em busca de soluções para elas.
Fomentamos essa pesquisa com uma nova dinâmica de funcionamento garantida pela criação dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs). Eles oferecem melhores condições para que os institutos de pesquisa da Secretaria firmem parcerias com a iniciativa privada, unindo esforços pela produção agrícola. Também permitem que os nossos pesquisadores passem a participar dos lucros das descobertas que fazem.
Tecnologias e inovações que reunimos em um só lugar durante dois dias em março, no Agrifutura, em São Paulo, unindo empresas consolidadas no mercado e startups. Promovendo ainda um hackaton com 12 times de cinco programadores, makers, técnicos, marqueteiros, empreendedores e engenheiros resolvendo os desafios tecnológicos lançados pelos próprios agricultores diante de suas necessidades.
A nossa quarta diretriz de atuação foi exatamente a alimentação saudável. Não apenas produzir alimentos, mas alimentos com saudabilidade, cuidando sempre para evitar o uso indiscriminado de agroquímicos. Uma preocupação demonstrada com os mais de 48 mil técnicos treinados pelo Programa Aplique Bem, orientando sobre a aplicação correta, e sem riscos, destes produtos nas culturas.
Também fomentamos o trabalho do laboratório de análise de alimentos, que verifica os defensivos utilizados em cada cultura. Um trabalho que chamou a atenção de empresas privadas e do Ceasa de Campinas, onde analisamos os produtos consumidos pela população.
Mostramos que estamos conectados à atualidade utilizando as redes sociais como Twitter, Facebook e YouTube para divulgar dicas de alimentação saudável, informações nutricionais, campanhas de orientação sobre os perigos do consumo de sódio e receitas que alimentam, evitam o desperdício e podem ser feitas para gerar renda ao se transformarem em quitutes a serem comercializados.
Foram três anos de muito trabalho e dedicação, nos quais contei com o apoio desta equipe talentosa que compõe a Secretaria de Agricultura. Aprendi muito sobre agricultura e pecuária, mas ainda mais sobre respeito, compromisso, seriedade e trabalho – marcas registradas do nosso amigo produtor rural.
Vamos em frente porque ainda há muito o que fazer pelo nosso agricultor e pelo nosso País!