Atentado não ganha eleição - Por Dib Nunes Junior

Atentado não ganha eleição - Por Dib Nunes Junior

Adélio Bispo de Oliveira é o nome da besta humana que no dia 6 de setembro atacou o candidato à presidência da república Jair Bolsonaro, líder nas pesquisas de intenção de voto em todos os Estados. Esse fanático demonstrou até que ponto pode chegar a militância política cega que tomou conta do país nos últimos anos. Cidadão pobre, desempregado, militante de esquerda declarado (ex filiado ao PSOL), adorador de Lula, foi de uma coragem a toda prova para fazer o que fez, sabe lá respaldado por quem ou apenas movido por ideologia. No meio de tanta gente, atacou o candidato com uma faca, correndo inclusive o risco de ser linchado. Teria ele agido sozinho? Quem estaria por detrás deste atentado? Muito pouco se sabe ainda a respeito, porém a polícia federal já levantou que o criminoso se encontrava hospedado em hotel de Juiz de Fora há 15 dias e que seguiu Bolsonaro e seus familiares até em Santa Catarina num stand de tiro.  E que após a sua detenção, surgiram quatro grandes advogados do nada, para defende-lo. Então pergunto: Seria uma motivação pessoal? Religiosa? Político partidária? Quem teria o interesse de assassinar Bolsonaro? Onde esse cara arrumou dinheiro para se hospedar e se deslocar sem ter trabalho há tempos? Uma coisa é certa, depois disso, é preciso arrefecer os ânimos nas redes sociais e nos debates na TV. Atentado a um candidato é coisa séria, pois coloca a democracia em perigo. Isto me faz lembrar da série “Pablo Escobar” rei do cartel de drogas da Colômbia, quando um dado político o incomodava, simplesmente mandava mata-lo. A intolerância e a agressividade podem causar instabilidade social pode abalar a nossa frágil democracia.

Bolsonaro em suas declarações nunca escondeu que quer atacar a bandidagem e a velha política  de frente, sendo que, no caso da violência urbana, ele promete ser duro e combate-la com a mesma força que os criminosos nos atacam, além de defender o porte de arma para todos os cidadãos visando inibir a ação dos meliantes.

Por outro lado, o país atravessa um de seus piores momentos na sua história contemporânea, onde as instituições não funcionam normalmente. O Executivo atingiu o menor índice de popularidade já visto, o Legislativo caiu em descrédito pois é considerado um enorme foco de corrupção que legisla somente em causa própria. Além disso, o Judiciário, por conta de alguns juízes cujas decisões são, no mínimo, contraditórias ou com fundo ideológico-partidário, geraram uma enorme insegurança jurídica, que está afetando a credibilidade deste poder. O povo clama por mudanças urgentes, o país padece por sucessivas crises e déficits orçamentários, a saúde vai mal, a educação não funciona e a segurança está em frangalhos com o país entregue aos marginais. Por isso, a proposta de mudanças em estruturas atuais e a maneira agressiva de se expressar de Bolsonaro, mexeu com esquerdistas fanáticos e certamente o arrastou ao atentado. Mal perceberam o(s) responsável (is) por este ato, que colocaram a democracia em perigo. Num país onde há cerca de 13 milhões de desempregados, jovens desencantados fugindo do país para arrumar trabalho, a falta de infraestrutura aumentando o custo Brasil e tirando a competitividade do agronegócio, maioria dos municípios em processo falimentar e quase 50 milhões de pessoas na linha da miséria. Discursos inflamados e pregações de ódio com divisão de classes, geram violência. A população está cansada dos políticos tradicionais e revoltada contra os assaltos ao erário público. Os governos consecutivos do PT não conseguiram melhorar a vida dos cidadãos, pois se preocuparam em aparelhar o Estado, aumentar o número de estatais e enche-las de apaniguados, construir estádios em vez de escolas etc. enfim, cometeram muitos outros erros e acabou por dividir este país entre os pagadores de impostos e os usufrutuários destes tributos arrecadados. Tudo isso contribuiu para gerar o atual estado de espírito que está levando à confrontação, que na minha opinião, pode estar apenas no início.

Políticas demagógicas que buscam manter o povo subjugado, oferecendo-lhe bolsas e pequenas vantagens para depois canalizarem seus votos; políticas de incitação ao ódio e confrontação entre negros e brancos, patrões e empregados, pobres e ricos, homo e heterossexuais etc. também precisam acabar. Isto o sr. Lula da Silva fez e faz muito bem, talvez seja ele o gerador de tudo isso que está acontecendo no Brasil, pois seu estilo demagógico e populista de fazer política, prega o constante desrespeito às leis, incentiva as invasões de propriedades particulares e causa ações de alta agressividade em manifestações de rua. Tudo isso é um grande exemplo de desordem e de falta de respeito aos cidadãos de bem. O atentado contra  Bolsonaro (o anti-Lula) é a reação de uma parte deteriorada da nossa sociedade que se sente ameaçada com a subida deste candidato nas pesquisas, pois se acostumaram a desfrutar do poder sem ter um projeto de nação, a receber sem nada dar em troca, a pregar ideologias de gênero em vez de educar as crianças, a ocupar cargos públicos e ganhar licitações fraudulentas etc. apenas pensando neles mesmos e num projeto de falido de poder. Acho que temos um consenso de que precisamos mudar, pois do jeito que está, não pode ficar.

Para mudar é preciso primeiro interromper esta escalada de violência e realizarmos eleições sem atos de selvageria, antes que seja tarde demais, senão teremos desdobramentos imprevisíveis que poderão nos conduzir ao fechamento do regime. Aí adeus democracia. Estou muito preocupado, pois motivos não faltam para tanto, falta apenas mais algumas gotas de água para este copo que está bem cheio, transbordar. Aqui deixo apenas uma questão para meditação de nossos leitores: já pensaram que consequências teríamos se este atentado fosse sofrido pelo Lula? Não quero nem pensar.