Avança ‘exportação’ da crise do etanol à UE. Embarques totais triplicam em agosto

Avança ‘exportação’ da crise do etanol à UE. Embarques totais triplicam em agosto

O Brasil está ‘exportando’ a crise do etanol para a Europa.

O excedente não consumido internamente as usinas estão destinando às exportações, mesmo que a produção venha menor seguidamente e a produção de açúcar em elevação.

O alerta já abateu a Cropenergies, alemã, a maior produtora de biocombustível na União Europeia (UE), que ameaça desligar algumas plantas, entre as quais a do Reino Unido.

Junto com os custos de energia mais caros, com o bloqueio ao gás russo, a empresa acusa a maior entrada do etanol brasileiro mais barato. Em agosto, as vendas aos Países Baixos, porta de entrada da UE, ascendeu a 115 mil metros cúbicos.

Em agosto, o Brasil triplicou os volumes embarcados para o mundo todo sobre agosto de 2021. Foram quase 290 mil m³, ou 290 milhões de litros.

Sobre julho, a alta em volume atingiu 110 mil m³.

Nos sete primeiros meses do ano, se somaram 1,224 milhões de m³, enquanto no ano inteiro de 2021 os embarques foram 1,93 milhões, 27% inferior que em 2020.

Se em setembro a alta for relevante das exportações, com o biocombustível perdendo espaço para a gasolina – o que ocorre desde a baixa do ICMS e dos descontos dados pela Petrobras (PETR4), deve conduzir para pelo menos empate na comparação anual.


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