O titular da Sape, Guilherme Saldanha, diz que as boas chuvas registradas no primeiro semestre deste ano permitem prever uma produção recorde de aproximadamente 3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, valores levemente superiores à safra de 2020/21 (3,06 milhões) e acima da safra de 2021/22 (2,53 milhões), que foi considerada um período ruim. A expectativa é de que o mercado movimente cerca de R$ 540 milhões. A safra 2022/23 começou neste mês e se estenderá até meados do ano que vem.
“Talvez seja o recorde de cana, que será moída pelas três usinas. Este ano, nós tivemos chuvas generosas e isso é muito importante porque a grande maioria dessas áreas de lavoura de cana são de sequeiros, não tem irrigação, e obviamente, com boas chuvas, a gente tem uma boa safra. No ano passado nós tivemos um ano de seca, que prejudicou muito essa produção. Nesse sentido, temos que comemorar as boas chuvas e essas aberturas de mercado, que são muito importantes”, aponta.
Dados do primeiro levantamento da safra 2022/23 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgados em maio, mostram uma perspectiva de crescimento mais tímida para o RN na próxima safra da cana, em comparação com o prognóstico da Sape: 2,82 milhões em produção, o que corresponde a um aumento de 11,1% em relação à colheita passada. Especificamente em relação ao açúcar, a Conab calcula que na safra corrente o RN deve produzir 196,3 mil toneladas, um crescimento previsto de 38,3% em comparação com o ciclo anterior.
No País, a produção deve crescer 1,9% e atingir 596 milhões de toneladas de cana, apesar da redução de 1,3% na área colhida, devido à forte concorrência com outras culturas. Brasil deverá produzir 40,2 milhões de toneladas de açúcar nesta safra, um crescimento de 14,9% ante a safra anterior.
Tribuna do Norte