Cana Energia um novo produto para o setor sucroenergético - Por Dib Nunes Jr.

Cana Energia um novo produto para o setor sucroenergético - Por Dib Nunes Jr.

A cana-de-açúcar é mesmo fantástica. Esta planta C4 de alta capacidade de conversão fotossintética acaba de nos dar um novo e extraordinário produto: a Cana-energia, como foi assim apelidada, tendo em vista as suas incríveis produtividades médias, superiores a 180 toneladas por hectare e a uma longevidade de soqueiras maior do que dez cortes sem irrigação.
Essa nova modalidade de variedade de cana tem ainda algumas características inigualáveis, tais como: alta adaptabilidade a solos de menor fertilidade, soqueiras mais produtivas do que a cana planta, resistência incrível ao pisoteio, alta resistência à Diatraea, crescimento e fechamento tão rápidos a ponto de se sobrepor à mato competição com várias espécies de daninhas muito agressivas e, sobretudo, pelo seu elevado conteúdo de fibra, que alcança facilmente teores superiores a 25%. Incrível ainda é que estas variedades ainda podem produzir 80 quilos de açúcar por tonelada de cana.
Mas quem vai presentear o setor sucroenergético com esta grande novidade? A GRANBIO, uma empresa jovem de alta tecnologia que está realmente investindo em fontes renováveis de energia. Esta empresa já está oferecendo ao setor sucroenergético as suas variedades VERTIX, que produzem elevada biomassa e, de quebra, ainda fornecem um caldo com um satisfatório teor de sacarose. Pode-se com estas variedades, portanto, produzir elevado volume de bagaço para produção de bioeletricidade ou etanol de segunda geração e ainda fornecer sacarose para produção de etanol de primeira geração.
Os custos de produção destas variedades a 20 km da usina giram ao redor de R$45,00 por tonelada, ou seja, quase metade do custo da cana-de-açúcar tradicional, com elevado potencial de maximização deste resultado na indústria. Quanto mais perto da fábrica mais se reduz o custo de produção. Matéria prima barata, canaviais produtivos e adaptação a solos de menor fertilidade, tornam esta novidade uma opção muito atraente para novos investimentos. A Cana-energia deve dar ao setor sucroenergético uma grande chance para crescimento e novos negócios.
A biomassa será produzida em grande escala sem ocupar muita área. Quando o etanol de segunda geração estiver sendo implantado nas usinas a produção de etanol por unidade de área deve atingir facilmente os 20 mil litros por hectare. Sem dúvida alguma é uma revolução que se aproxima. As indústrias de cimento, suco, cerâmica entre outras, também estão de olho na novidade para substituir o óleo cada vez mais caro de suas caldeiras.
A melhor opção que é o seu aproveitamento para produzir biomassa e etanol é também extremamente atraente, uma vez que se pode implantar uma fábrica de bioeletricidade e uma fermentação alcoólica com baixo investimento em uma área bem reduzida se comparada por exemplo, ao recolhimento de palha. A quantidade de biomassa que a Cana Energia vai produzir por hectare, equivale a uma relação de cinco por um, ou seja, é necessário recolher palha de cinco hectares para atingir a mesma matéria seca que um hectare de Cana Energia produz.
As variedades de cana-energia VERTIX já começaram a ser distribuídas às empresas interessadas. Uma revolução no setor sucroenergético começou. Tenho certeza que a produção de biomassa será uma nova atividade econômica para o setor. O Brasil tem nesta novidade mais uma fonte renovável e inesgotável de energia. Um novo negócio que surge trazendo uma excelente oportunidade para os investidores.