China é mercado prioritário para Petrobras, diz Prates

China é mercado prioritário para Petrobras, diz Prates

Presidente da petroleira afirmou que país terá papel decisivo na estratégia da empresa de retomar atuação no exterior

A parceria com a China será “decisiva” para os planos da Petrobras de retomar sua atuação no exterior, afirmou o presidente da petroleira Jean Paulo Prates nesta terça-feira (29/8) em rede social, após a empresa fechar acordos com dois bancos chineses para investimentos e cooperação em iniciativas de baixo carbono e finanças verdes.

A retomada das atividades no exterior pela Petrobras tem sido tema recorrente desde o início do governo Lula e do mandato de Prates à frente da empresa. Até o momento, no entanto, não foram feitos investimentos ou adotadas medidas significativas nessa direção.

Investimentos no exterior
Um dos objetivos estabelecidos pelo governo federal é a integração energética com os países vizinhos da América do Sul. No caso da Petrobras, um dos focos é o gás natural da Bolívia.

Isso porque a produção boliviana está em declínio e a expectativa é que deixe de exportar para o Brasil até o fim da década. Prates recebeu o presidente da Bolívia, Luis Arce, em maio, e expressou o interesse da companhia em projetos de exploração e produção de gás.

“Temos potencial e possibilidade de ajudar nossos companheiros bolivianos a entender por que a queda da produção se deu. Provavelmente, falta capacidade de financiamento”, disse na ocasião.

O executivo também falou sobre possíveis investimentos na Venezuela e na Guiana, que tem leilão de áreas exploratórias previsto para setembro.

“Estamos preparando a Petrobras para uma nova fase em refino. Queremos revisitar países vizinhos, como Bolívia, Venezuela e Guiana, e debater alguns pontos como os termos contratuais, novas potencialidades de exploração de gás e a preparação das empresas para a transição energética”, disse Prates.

Além do óleo e gás, a Petrobras também já levantou a possibilidade de investir em eólica offshore fora do Brasil, como forma de conhecer o mercado antes de participar do desenvolvimento do setor no Brasil.

“Não estamos descartando investir também fora do Brasil, principalmente em áreas como a eólica offshore, em que estamos construindo nosso marco regulatório ainda. Lá fora já tem leilões”, disse Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética da companhia, em maio.

 

Epbr