Após duras quedas do etanol hidratado nas usinas e distribuidoras, na semana que passou, as empresas podem esperar o cenário ficar mais claro a partir de desta segunda (2), sobretudo aguardando algum movimento da Petrobras em relação à gasolina. Inclusive porque a paridade de preços competitivos voltou a ser alcançada.
Embora o petróleo tenha aberto em queda os trabalhos em Londres, o distanciamento aumentou dos preços internos nas refinarias. Na sexta pela manhã estava em R$ 0,45 o litro a defasagem, como Money Times mostrou.
“As usinas podem tentar segurar os preços diante de alguma possibilidade de reajuste da gasolina”, pensa Paulo Strini, trader do Grupo Triex. Se for confirmado, melhor para o etanol.
Mas mesmo que não ocorra essa elevação do derivado de petróleo, os quase 9% de baixa nas indústrias, no acumulado de 25 a 29 de abril, de acordo com o Cepea/Esalq, fez o biocombustível romper novamente a linha dos 70% que beneficia a decisão do consumidor, porque também as distribuidoras acompanharam os repasses para menor.
Para Martinho Ono, da SCA Trading, “em termos de competitividade, não há necessidade de novos recuos” na cadeia, porque os postos deverão refletir os da semana passada.
Com gasolina na faixa do R$ 6,90 e o hidratado entre R$ 4,80 a R$ 4,85, em média nos dois casos, está assegurado a faixa mais confortável nos postos, segundo Ono.
Enquanto isso, a safra vai ganhando mais corpo, o que pode também aumentar a pressão nas próximas semanas, mais uma vez aqui a depender se a petroleira estatal não promover a majoração do combustível concorrente do etanol.
MONEY TIMES