Conflito em Israel pode impulsionar preço de insumos, diz Corteva

Conflito em Israel pode impulsionar preço de insumos, diz Corteva

Marisa Marques, CFO da multinacional, diz que todo e qualquer conflito político e geoeconômico impacta a cadeia de suprimentos

O conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas tem chance de impulsionar os preços dos insumos da indústria química, a depender dos desdobramentos na região, admitiu a CFO da multinacional Corteva, Marisa Marques, nos bastidores de um evento em São Paulo nesta terça-feira (10/10).

Apesar do mercado israelense ser um importante produtor de fertilizantes, a executiva disse que o efeito negativo se estende ao mercado de defensivos agrícolas também porque "todo e qualquer conflito político e geoeconômico impacta a cadeia de suprimentos como um todo".

Em entrevista ao Valor/Globo Rural, ela lembrou que a cadeia já vinha afetada pela guerra entre Rússia e Ucrânia e agora precisará lidar com o novo conflito no Oriente Médio.

"A gente como Corteva tem planos contingenciais, não tem uma planta específica no Oriente Médio, tem em outras localidades do globo que a gente consegue atuar de forma contingencial", afirmou. "Cada empresa multinacional tem trabalhado com polos alternativos como plano contingencial", acrescentou.
Ela ainda explicou que o custo maior para o produto final pode estar relacionado à questão logística, uma vez que o diesel é diretamente afetado pelo conflito, que ocorre em uma região relevante para a produção de petróleo.

"O custo de trazer, a empresa traz, importa produtos para proteção de cultivos e a partir do momento que a gente tem impacto no custo do diesel, obviamente isso afeta no custo desse produto", explicou

 

Globo Rural