A semana para o etanol hidratado começa com a gasolina fazendo mais pressão.
A paridade de preços vinha margeando a competividade levemente abaixo de 70% e as usinas conseguiram diminuir um pouco menos os pedidos na semana passada (queda de 4,14%) frente aos períodos anteriores, até que a Petrobras (PETR4), na sexta, reduziu o valor do combustível de petróleo na refinaria.
Até quinta, o litro do hidratado estava em 69,5% em relação ao concorrente. Em 70% é o limite da competividade.
O reflexo vai ser desta segunda em diante, quando as distribuidoras começarem a desovar aos postos, diz Martinho Ono, da SCA Trading.
Mesmo que os postos demorem um pouco mais para repassarem o preço à bomba, o mercado já se antecipa.
Em condições de calendário longe das eleições, quem sabe pudesse haver algum cuidado da cadeia à espera do potencial de reação do petróleo, após o anúncio de Opep+, nesta segunda (5), de redução de 100 mil barris diários de produção.
Com menos de 30 dias para as eleições presidenciais, nem que a cotação em Londres passasse dos US$ 100 – agora, às 11h50 (Brasília), se sustenta em mais 3,87%, a US$ 96 -, se esperaria que a estatal desafiasse o presidente Jair Bolsonaro, pensa Maurício Muruci, analista da Safra & Mercados.
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