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Depois de toda a tempestade...
... a rapidez e a violência da ressaca com (re)precificação, como previ, reajustando todos os excessos dos últimos dois anos, de forma violenta, rápida e excessiva demais, ajustes feitos pontuando a direção certa!
Ora, adentramos numa situação de relativa calma dos mercados e das pessoas. Preços caíram para a realidade pós excessos pré-fabricados, assustando todos. O laço afrouxará um pouco em vida normal com ciclos de menores volatilidade. A correção está feita!
Aceitemos que a mentira tem perna curta, gerando um ambiente de pseudo demanda gerado pela desinformação deliberada induzida pelo medo, afetando nosso crédito e credibilidade, quando na verdade no ambiente de super oferta, nada faltava de fato.
Muito dinheiro fácil se ganhou e muito se jogou fora em más decisões e custos caros, de novidades também oportunisticamente induzidas pelos que chamo de “amigos baba-ovos”. Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza!
Não necessariamente lastreadas diretamente, oferta e procura circunstanciais, mas sim a situação macroeconômica e financeira, a capitanear o rumo. Acredito que a base seja Macro e não Micro, concordam?
Antes do aumento das taxas do Banco Central dos EUA temos uma oportunidade perfeita para dar um passo atrás. Ajustes e correções seguirão ocorrendo todos os dias.
Nós realmente experimentamos, ao vivo, como em uma dança de salão, o jogo das cadeiras, com uma diferença... quando a música parou não faltou apenas uma cadeira, mas não havia nenhuma. Todos os viciados em liquidez ficaram em pé, embasbacados.
A velocidade de recuperação das taxas de empréstimos dos governos e das empresas, a juros negativos, passaram de uma aberração temporária para um novo paradigma.
Na Europa e Japão as taxas subiram de zero a 2% ainda assim extremamente baixas vis a vis a realidade norte americana, comparando com as taxas de inflação, taxas de crescimento e taxas de endividamento.
Um cenário de oportunidades
Temos visto nos últimos, meses, um fenômeno extremamente raro que os profissionais com menos de 40 anos não experimentaram: uma depreciação maciça no valor dos ativos duvidosos causada por um grande reajuste nas taxas de juros.
Este quadro cria riscos e dificuldades mas, por outro lado, enormes oportunidades para aqueles que já aproaram seus caminhos e estão mais focados e ativos no que fazem bem.
A situação de altíssima contaminação por COVID e outras doenças infecto contagiosas, na China e em toda a parte, bem como a somatória dos fatores macro e de super oferta, levam a um crescimento global bem menor do que se esperava, recessão e/ou estagflação. Isso não é culpa de russos, ucranianos, europeus ou americanos. Exageraram na dose e na incompetência, o tiro saiu pela culatra e queimou as mãos.
Vamos nos reposicionar!
O caminho da verticalização, agregação de valor, incorporação de novas tecnologias e, mormente, não dar murros em ponta de faca, é claro. Levem a sério os preceitos do ESG Green e Sustentável. É mandatório! E não coloquem todos os ovos numa cesta só.
Bons ventos estão soprando...
As populações estão mais felizes devido aos preços suportáveis e abundância de tudo a mesa. Buscam conforto, segurança, confiança e bem-estar. Para isso é que trabalhamos e produzimos. É tempo de reconstrução e de começo. Lição aprendida.
Tem sempre um jeito de se fazer mais, melhor e com menos!
Façamos o certo, direito e bem-feito. Vamos nessa?
*Texto inspirado, em parte, no Mon Financier de Mario Fiorentino e em publicações da Bloomberg
**Antonio Iafelice - CEO Consultor | Conselheiro do Conselho Superior do Agronegócio - COSAG/ FIESP | Executivo Sênior Operacional | Expert em Agronegócio | Criação de empresas abrangendo todas as fases do negócio
Antonio Iafelice
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