Demanda por combustíveis no país vai crescer até 30% na comparação entre 2021 e 2035, diz Ultrapar

Demanda por combustíveis no país vai crescer até 30% na comparação entre 2021 e 2035, diz Ultrapar

Segundo o diretor executivo corporativo e de participações, mais de 35% dessa demanda deverá ser de biocombustíveis

O diretor executivo corporativo e de participações da Ultrapar, Marcelo Araujo, informou nesta segunda-feira (26) que a demanda por combustíveis no Brasil em 2035 deve ser de 25% a 30% superior à de 2021. Segundo ele, mais de 35% dessa demanda deverá ser de biocombustíveis.

Moderador do painel “Um novo paradigma para distribuição e revenda de combustíveis no Brasil”, na feira Rio Oil & Gas, Araujo frisou que serão necessários investimentos de R$ 118 bilhões para atender a demanda futura. Esses investimentos reduzirão em R$ 2,6 bilhões por ano o custo total de distribuição de combustíveis, acrescentou o executivo.

Ainda de acordo com ele, os veículos elétricos serão menos de 5% da frota brasileira em 2035. Em 2050, esse percentual deve alcançar 33%.

Mudança regulatória
O vice-presidente Jurídico, de Compliance e Relações Institucionais da Vibra Energia, Henry Daniel Hadid, destacou durante o evento que qualquer assimetria no mercado de combustíveis torna a competição inviável. Hadid lembrou que a margem de lucro no segmento é pequena.

O executivo frisou ainda que mudanças regulatórias no país propiciaram um novo modelo de negócios no setor, com a possibilidade de postos “com bandeira” venderem também combustível em “bombas brancas” (de outros fornecedores).

“Cinquenta por cento dos postos no Brasil são bandeira branca”, disse Hadid, durante a palestra “Um novo paradigma para distribuição e revenda de combustíveis no Brasil”. Antes, o mercado se dividia entre postos “com bandeira” (aqueles com contrato de exclusividade com determinado fornecedor) e os “sem bandeira” (livres para vender combustível de diferentes fornecedores). Agora, explicou ele, é possível que um posto “embandeirado” tenha “bombas brancas” para oferecer combustível de outros fornecedores.

Hadid defendeu a abertura do mercado de refino, ainda muito concentrado na Petrobras, como forma de ampliar a competitividade do setor.

 


Valor Econômico