Economia e eletrificação justificam metas menores do RenovaBio

Economia e eletrificação justificam metas menores do RenovaBio

O MME não vê necessidade de metas “mais arrojadas” para a aquisição CBios pelas distribuidoras ao longo da próxima década uma vez que parte da descarbonização da matriz nacional de combustíveis esperada na concepção do RenovaBio está vindo de outras fontes. Esta é, em resumo, a explicação dada pelos técnicos do ministério para o corte substancial proposto na quantidade de créditos de descarbonização que terão que ser comprados entre 2024 e 2033.

Pelas regras do RenovaBio, embora as metas de compra de CBios sejam atualizadas a todos os anos elas são elaboradas tendo em vista um horizonte de 10 anos.

De acordo com uma portaria publicada na última quinta-feira (14), o governo federal espera que as partes obrigadas do RenovaBio movimentem 570,7 milhões de CBios. O número está cerca de 22,6% abaixo da meta em vigor. Fixada em dezembro passado pelo CNPE, o conjunto atual prevê a compra de quase 737 milhões de CBios entre no período entre 2023 e 2032.

Na última semana, os CBios foram negociados na B3 pelo valor médio de R$ 126,09 a unidade. A esse preço, a redução no número de CBios pretendida custaria aos fabricantes de biocombustíveis quase R$ 21 bilhões.

Por Fábio Rodrigues

 

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