Medidas fazem parte da iniciativa de corredores sustentáveis
O Ministério da Economia deve entregar nas próximas semanas um plano com 44 propostas de mudanças regulatórias com foco no biogás e biometano no projeto Combustível do Futuro (CF). As medidas fazem parte dos “corredores sustentáveis”.
Em junho, os grupos de trabalho do Combustível do Futuro, projeto coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), devem concluir suas atividades com a apresentação de um projeto de lei ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
No MME, estão sendo discutidos ciclo otto, captura de carbono, combustíveis sustentáveis de aviação e marítimo.
O ciclo diesel e o biometano ficaram com a Economia, que desenha uma proposta de corredores sustentáveis.
Glenda Bezerra, secretária de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do ME, afirma que a iniciativa foca os requisitos mínimos para viabilizar o mercado nacional de gás veicular.
Ela participou nesta quarta (18/5) de um evento das Frentes Parlamentares da Economia Verde e Sucroenergética, com a Abiogás (associação do setor de biometano).
Segundo Glenda, o resultado do trabalho que será apresentado pelo ME foi organizado em três pilares: eficiência e produtividade da cadeia logística, mapeamento e implantação dos corredores sustentáveis no Brasil, e a proposta 30-30-10, isto é, uma infraestrutura de baixo carbono 30% mais eficiente, com custo de aquisição no máximo 30% superior aos veículos convencionais e que o custo de operação seja, ao menos, equivalente nos próximos dez anos.
No primeiro pilar, de eficiência e produtividade, a pasta vai apresentar um plano com 44 ações, entre elas:
Parceria na distribuição de gás. A Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) e a Abiogás anunciaram nesta quarta-feira (18/5) a criação de um grupo de trabalho para impulsionar o uso de biometano pelas concessionárias estaduais de gás natural.
Atualmente, a produção brasileira de biometano é da ordem de 400 mil metros cúbicos diários (m³/dia), mas a Abiogás estima que esse volume deve crescer significativamente nos próximos anos.
Para as distribuidoras, o produto desponta como uma oportunidade de diversificação da base de suprimento, num momento em que os preços do gás natural de origem fóssil sobem, impactados pela alta do preço do petróleo e do gás natural liquefeito (GNL) no mercado internacional.
O primeiro projeto de injeção do biometano na rede de distribuição, no Brasil, foi desenvolvido no Ceará em 2018. Hoje, o gás renovável representa quase 15% do volume distribuído pela Cegás.
EPBR