A Archer Consulting reduziu novamente sua projeção de moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul ao longo da safra 2022/23, que começou no mês passado. A estimativa foi reduzida de 552 milhões de toneladas para 548 milhões de toneladas, volume que ainda representa aumento de 5,05% frente à temporada 2021/22. Os dados fazem parte da terceira estimativa da consultoria para a safra 2022/23.
O corte na projeção, segundo nota, aconteceu “em virtude da percepção de um rendimento menor do que anteriormente esperado”. A expectativa para o índice de Açúcar Total Recuperável (ATR), que mede a qualidade da cana, foi reduzida de 140,52 kg/t para 139,48 kg/t.
A consultoria também alterou a estimativa de mix de produção: agora, a safra deve ser 43,8% destinada ao açúcar e 56,2%, ao etanol. A Archer afirma que 1,40 ponto porcentual foi reduzido do açúcar e passou para o etanol “devido à perspectiva mais favorável para o combustível, que, mesmo com o preço represado pela Petrobras (PETR4), tem ainda grande potencial de demanda”.
Com isso, a expectativa para a produção de açúcar caiu de 33 milhões de toneladas na estimativa anterior para 31,5 milhões de toneladas na atual; e a de etanol subiu quase 1,4 bilhão de litros frente à projeção anterior, para 29,74 bilhões de litros. Caso se confirme, a produção do adoçante cairia 1,64% frente à temporada 2021/22 e a do biocombustível avançaria 11,96%.
Do total de etanol, a Archer prevê que 18,27 bilhões de litros sejam do tipo anidro (alta de 15,97% frente a 2021/22) e 11,47 bilhões de litros, do hidratado (avanço de 6,11%).
ESTADÃO CONTEÚDO