As exportações marítimas de diesel e gasóleo dos portos russos aumentaram 8,5% em novembro em relação ao mês anterior, para cerca de 2,8 milhões de toneladas, depois que a proibição de exportação foi suspensa e a produção cresceu, segundo dados de traders e do LSEG.
A Rússia proibiu temporariamente as exportações de diesel a partir de 21 de setembro para lidar com uma escassez doméstica. O embargo foi parcialmente suspenso em 9 de outubro, com a Rússia retomando as exportações de diesel com teor ultrabaixo de enxofre (ULSD) por meio dos oleodutos da Transneft. Em 22 de novembro, a Rússia suspendeu a proibição das exportações de diesel "de verão".
Nas três primeiras semanas de novembro, a produção de diesel das refinarias russas aumentou quase 11% em relação ao nível médio de outubro, para 238.120 toneladas por dia, segundo fontes da Reuters.
As remessas russas de ULSD para o Brasil atingiram um recorde em novembro, segundo dados de traders e do LSEG.
O diesel russo substituiu uma grande quantidade do suprimento ao Brasil que anteriormente era proveniente dos EUA, disseram os comerciantes.
A Rússia direcionou sua oferta de diesel para o Brasil, Turquia, países africanos e asiáticos depois que um embargo total da União Europeia aos produtos petrolíferos russos entrou em vigor em fevereiro deste ano.
De acordo com os dados de remessa do LSEG, pelo menos 0,93 milhão de toneladas de diesel foram carregadas em novembro nos portos russos, principalmente no porto báltico de Primorsk, e agora estavam indo para o Brasil.
A maior parte dessas cargas chegará aos portos brasileiros em dezembro.
Entre janeiro e novembro, os embarques de ULSD dos portos russos para o Brasil totalizaram 5,8 milhões de toneladas, enquanto os suprimentos de diesel dos EUA caíram para 2,25 milhões de toneladas, depois de 5,9 milhões de toneladas nos primeiros 11 meses de 2022, segundo dados do LSEG.
As exportações marítimas russas de diesel e gasóleo para a Turquia aumentaram 16% em relação ao mês anterior em novembro, para 750.000 toneladas, de acordo com dados de remessa.
Reuters