No ano de 2019, o estado de Minas Gerais exportou 2,45 milhões de toneladas de açúcar, 1,5% abaixo do ano anterior e 31,2% menos que 2017, nosso ano de maior exportação do produto. Essa redução nas exportações de açúcar se deve à queda da produção da commodity no estado e reflete, também, na alteração do mix da produção da cana-de-açúcar mais alcooleiro. O etanol remunerou mais que o açúcar nas duas últimas safras e as usinas mineiras utilizaram toda a sua flexibilidade para produção do combustível.
Fonte: Elaboração SIAMIG com dados do comex stat
A receita com as exportações de açúcar em 2019 no Estado totalizou cerca de US$ 700 milhões de dólares, 7% abaixo do ano anterior, que ficou em US$ 744 milhões, representando 2,8% do valor total de todos os produtos exportados por Minas Gerais.
Fonte: Elaboração SIAMIG com dados do comex stat
Bangladesh foi o principal destino das exportações mineiras de açúcar em 2019, com cerca de 14,5% do total. Pelo quarto ano consecutivo, o país asiático lidera o ranking como principal destino internacional do produto mineiro. O segundo lugar ficou com a Nigéria que vem aumentando de forma significativa as importações de açúcar a partir de MG, representando 14% do total.
Fonte: Elaboração SIAMIG com dados do comex stat
Em relação a China, o maior comprador de açúcar no ano de 2015 do país, retendo 18% do mercado, após dois anos de importações inexpressivas, voltou a ser um dos principais importadores do açúcar de Minas em 2019. Contou com uma representatividade de 13% do mercado, ficando na terceira colocação.
Por sua vez a Índia que foi um grande importador do produto mineiro desde 2015, diminuiu drasticamente a quantidade importada no último ano, para menos da metade do ano anterior, ocupando o 8º lugar no ranking.
As expectativas para 2020 são de aumento na exportação do produto. O preço do açúcar demonstra sinais de reação o que pode alterar o mix de produção para a safra 2020/21, que começará em abril. Com maior produção e melhores preços, a exportação de açúcar em Minas Gerais tenderá a ter um aumento expressivo neste ano.
Mário Campos é presidente da SIAMIG.
*Com a contribuição Luiz Felipe Gomes