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Com a meta de alcançar uma produção de 100 mil galões de diesel de biomassa por dia até 2030, a Chevron, uma das maiores companhias de petróleo e gás do mundo, está prestes a quadruplicar o seu potencial de refino em Louisiana, onde está instalada uma de suas onze biorrefinarias.
Após investimento de US$ 1 bilhão, a planta de Geismar, em Louisiana, deve alcançar uma capacidade de 345 milhões de galões por ano em 2024, o equivalente a 1,3 bilhão de litros.
“Hoje nós estamos com uma produção equivalente a um terço da nossa meta para 2030 e estimamos que, com essa ampliação, alcançaremos cerca de 50% desse objetivo”, disse o presidente da Chevron Renewable Energy Group, Kevin Lucke, durante apresentação no Origeo 360º, ontem.
A companhia é fruto de uma aquisição feita em 2022 pela petroleira de olho num mercado crescente e bilionário. A estimativa é de um consumo de 22,7 bilhões de litros só no setor ferroviário dos EUA e de 64,5 bilhões de litros no setor de navegação.
Trata-se de uma corrida, reconhece o próprio executivo. Só nos EUA, Lucke contabiliza 53 projetos semelhantes com uma oferta adicional de até 373 mil barris de biodiesel por dia no país — o equivalente a 59,3 milhões de litros.
“Na América do Sul, outros oito projetos já foram anunciados contribuindo para uma produção adicional entre 18 mil e 55 mil barris por dia. Nós não esperamos que todos esses projetos sejam de fato concretizados, mas dito isto, a produção crescente de combustíveis renováveis não acontecerá se não houver matéria-prima suficiente”, disse o executivo. Ele estima uma demanda entre 15 milhões e 20 milhões de toneladas de grãos só dos 61 projetos mencionados.
Para garantir o próprio negócio, a Chevron criou uma joint venture com a Bunge em 2022 para o desenvolvimento de matérias-primas voltadas à produção de biocombustíveis.
Com 18 Estados norte-americanos com políticas de incentivo para o setor, acompanhando um movimento global observado também no Canadá e na Europa, a Chevron aposta numa demanda crescente. No entanto, não abre mão do seu principal negócio já que, paralelamente às fontes renováveis de energia, os combustíveis fósseis continuam tendo um papel de destaque na companhia.
A estratégia, segundo Lucke, é apostar na diversidade de fontes visando atender setores e economias onde a transição energética ainda é uma realidade distante.
“A população mundial está crescendo e a demanda por energia também. Portanto todas essas matrizes combinadas (...) serão importantes para atender à demanda por energia daqui para frente. Por isso o petróleo tradicional deve continuar tendo um papel importante por muitos anos ainda”, completou o presidente da Chevron Renewable Energy Group.
Globo Rural