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Observo que as pessoas trabalham, basicamente, por necessidade e menos por vocação ou como parte de um projeto de vida maior.
Há menos lealdade e fidelidade com a própria profissão do que da empresa ao funcionário, não importando o nível hierárquico do colaborador dentro da organização.
Na era atual, estamos todos conectados ou não existimos. Desde o smartphone, internet, nuvem, informação disponibilizada a todos com acesso fácil e ``grátis``, a interação do ser humano, social por excelência, tende ao virtual em detrimento do pessoal.
Hoje não é mandatório ter um local fixo para trabalhar, apenas temos missões, metas e avaliações. Somos independentes e sós.
Se dantes éramos membros de uma tribo especifica, seja pessoal, familiar, ou profissional, hoje somos partícipes de uma tribo global e sem vínculos, compromissos e/ou comprometimentos.
Independência que gera dependência de estar com gente, se divertir, aproveitando apenas o momento presente sem preocupação efetiva com o futuro, conectados com desconhecidos e não mais pares.
Sem perceber, aprendemos a nos interrelacionar com diferentes culturas, pessoas, modos de vida e viver nessa rede global e aberta, com liberdade e sem privacidade.
Este modo de vida nos impõe um treinamento, no campo profissional, se quisermos ser líderes globais.
Hoje, o chefe clássico não existe mais como fonte de conhecimento e de decisão, mas sim de entendimento, compartilhamento e condução com base em feedbacks recebido e sabendo, de antemão, que não controla e não manda, mas conduz ouvindo e interagindo com o grupo.
Vinte anos atrás, C.K.Prahalad caracterizou o mundo dos negócios e dos profissionais globais com extrema precisão:
“A world where variety, complex interaction patterns among various subunits, host governments, and customers, pressures for change and stability, and the need to re-assert individual identity in a complex web of organizational relationships are the norm. This world is one beset with ambiguity and stress. Facts, emotions, anxieties, power and dependence, competition and collaboration, individual and team efforts are all present... Managers (any person) have to deal with these often-conflicting demands simultaneously”.
As mudanças são rápidas e profundas. Deste modo, temos que entender o contexto e embarcar neste mutante novo mundo e ambiente em que não se controla, mas se vive.
Tenham isto em mente, fundamentalmente. Tenham um bom Plano de
Negócios individual para guiar seus passos e decisões.
Quem se interessar pelo tema e quiser saber mais, recomendo a leitura ``International Management Behavior: Global and Sustainable Leadership", 7th Edition, de Henry W. Lane and Martha L. Maznevski, minha professora e orientadora dessa área no IMD-CKGSB.
Ótimo livro texto de cabeceira!
*Antonio Iafelice - CEO Consultor | Conselheiro do Conselho Superior do Agronegócio - COSAG/ FIESP | Executivo Sênior Operacional | Expert em Agronegócio | Criação de empresas abrangendo todas as fases do negócio
Antonio Iafelice
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