Home office, new trend - Por Antônio Iafelice

Home office, new trend - Por Antônio Iafelice

Esta pandemia fixou algumas mudanças (que já ocorriam em algumas partes do globo e empresários como Google, Ali Baba, Baidu, Amazon, IB-Ambev, Unilever, Bancos...) de comportamento nas relações humanas e de reorganização de seus negócios, nos quais não terão retorno.

Algumas empresas tidas como exóticas cujos colaboradores têm flexibilidade de horário para poderem adequar a jornada de trabalho com liberdade e autonomia, pois tem metas e resultados mensuráveis a cumprir, e o que contam no mundo dos negócios é combinação de equipe feliz coadunando com lucros entregues. Poder trabalhar de casa e ter horários flexíveis passou a ser cada vez mais uma vantagem buscada por profissionais. Para as empresas, é também um benefício que pode ter custos baixos e fazer a diferença na hora de atrair e reter talentos, e de sobreviver num mundo interconectado destes, IA e 5G que permitiram e possibilitaram este avanço. Afinal, quem não gosta de ter autonomia para controlar os horários de trabalho? A produtividade aumentou e os custos administrativos caíram em mais de 20%. Em Hotéis e Restaurantes essa diferença pode chegar aos 50%.

Companhias criam vagas permanentes em home office, ora opcional, mas indicando o futuro. Não adianta fugir: o home office já é uma das tendências mais comentadas no mundo corporativo. A movimentação é tão significativa que, cedo ou tarde, boa parte das empresas vão aderir a esse modelo de trabalho. Afinal de contas, não há nada de errado em trabalhar a distância. Muito pelo contrário: se bem aplicada, a prática pode apresentar inúmeros benefícios para os funcionários, os clientes e o próprio negócio.

Esta tendência deverá ser cada vez mais adotada, vejam os Bancos que na grande maioria já são digitalizados, fecharão milhares de agências, tendo em vista que as pessoas estão optando pela praticidade nas transações e segurança sem precisar sair de casa e correr risco de serem assaltadas nas famosas saidinhas dos estabelecimentos, ou perderem tempo de lazer e trabalho. Vida mais eficiente, eficaz e mais prazerosa.

Ao contrário do que gestores mais tradicionais podem pensar, o home office não reduz a produtividade nem diminui a eficiência das equipes. É preciso levar em consideração que o colaborador que trabalha em casa tende a ter ganhos de qualidade de vida. Consequentemente, há grandes chances de ele produzir mais e com mais eficácia.

Mas, com o passar dos meses, os horizontes foram aos poucos se ampliando. Hoje, com tanta gente trabalhando há meses em home office, a chance de migrar para um “escritório na estrada” tornou-se possível para muito mais gente. Algumas pessoas já começaram a procurar o turismo de isolamento como uma forma de seguir em quarentena e após esta continuando pois aprenderam em confinamento trabalhando remotamente – mas com a chance de passar um tempo fora de casa, em outro ambiente, renovando um pouco as energias e o trabalho segue junto, combinando a gosto trabalho com convívio social. Não é de hoje que especialistas acreditam que o isolamento acelerou uma tendência importante nas viagens, sobretudo no mercado do turismo da classes C- até B+. Mas as necessidades de isolamento social trazidas pela pandemia do novo corona vírus estão fazendo mesmo com que cada vez mais pessoas busquem destinos e hotéis turísticos, remotos, resorts, com mais tempo e opções a viver e a conhecer, aqui mesmo conhecendo o Brasil que poucos conhecem e que muito de excepcional oferece, enquanto planejam suas primeiras escapadas pós-quarentena. Antes quem tinha um barco, que ficava ancorado na Marina boa parte do ano, agora o mesmo transformou-se em home-office para muitos. Bem mais agradável e saudável do que permanecer nestas gaiolas de concreto!

Os hotéis e resorts deverão investir maciçamente em sistemas de comunicação, Wi-FI potente, a fim de possibilitar essa modalidade que ora se forma. A ideia principal nestes casos não é exatamente tirar férias ou curtir determinado destino, mas sim seguir em trabalhando virtualmente endereço até não fixo, com maiores comodidades, e, a custos até menores.

Deliveries de tudo e restaurantes modernos ganharam muito na crise, cresceram e neste sentido evoluirão daqui por diante. Custos menores em operações centralizadas. Olhem ao derredor e observem as diferenças, o cliente é atendido e gasta menos. A RAPPI, por exemplo, que faz deliveries, há dois anos nem existia, hoje tem 7.000.000 de clientes registrados! As pizzarias estão entre os segmentos que mais cresceram nessa crise, resumo da ópera: aprendemos a comer bem e com praticidade.

Obviamente que nem tudo são flores e toda mudança no funcionamento de uma empresa requer certo esforço de adaptação. Com o home office não é diferente. E, de longe, a maior barreira de adesão ao trabalho a distância é o aspecto cultural. Muitos gestores ainda são resistentes a essa opção, pois sentem a necessidade de ver o funcionário trabalhando para garantir a produção e a eficiência das atividades. Entretanto, essa preocupação não deveria existir, pois a produtividade é medida pelos resultados, e não pela presença física, concordam? Isso acontece porque o colaborador vive uma rotina em que não há perdas de horas de deslocamento, evitando o estresse do trânsito, dessa forma consegue manter o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional. Além do mais, ao contrário do que muitos pensam, a empresa não perde o controle do colaborador e ele passa a ser avaliado pelos resultados, que é o que realmente importa.

Este é um achatamento na curva hierárquica da organização, que passa a contar com profissionais que efetivamente trabalham diferente daquela turma que apenas chefia, intima e observa.

Abraços