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A Índia, o segundo maior produtor mundial de açúcar após o Brasil, estuda permitir que usinas exportem 8 milhões de toneladas da commodity em algumas parcelas na próxima safra, segundo pessoas com conhecimento do assunto.
O governo avalia uma solicitação da Associação Indiana de Usinas de Açúcar para permitir o volume de vendas no mercado externo, menos do que os 11,2 milhões de toneladas no atual ano safra, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas.
Inicialmente, as autoridades podem permitir que 5 milhões de toneladas sejam embarcadas até 31 de março e podem aprovar mais vendas posteriormente, disse uma das pessoas.
Permitir as exportações em tranches dará ao governo mais controle sobre os embarques, caso haja a necessidade de limitar os volumes para reforçar o abastecimento doméstico.
Os ministérios de alimentação e comércio não responderam imediatamente a pedidos de comentário.
A Índia limita as exportações de açúcar em um momento em que os compradores internacionais correm para garantir o abastecimento depois que a colheita no Brasil foi prejudicado pelo clima adverso pelo segundo ano consecutivo.
As exportações de açúcar indianas mais baixas podem pressionar os preços e ameaçar aumentar ainda mais a inflação de alimentos.
O pedido de exportação de 8 milhões de toneladas é baseado no tamanho esperado do superávit doméstico, disse Aditya Jhunjhunwala, presidente da associação conhecida como ISMA.
A produção de açúcar da Índia está prevista em 35,5 milhões de toneladas no ano safra que começa em 1º de outubro, enquanto o consumo local é estimado em 27,5 milhões de toneladas, disse ele.
As usinas de açúcar na Índia começarão a moagem da próxima safra na primeira semana de outubro, um pouco mais cedo do que o normal, já que um fornecimento maior de cana é esperado, disse Jhunjhunwala.
O governo limitou exportações de açúcar em 11,2 milhões de toneladas para o ano-safra que termina no final de setembro, depois que as usinas locais venderam volumes recordes no mercado global.
A Índia foi o maior exportador de açúcar depois do Brasil no ano passado e conta com Indonésia, Bangladesh, Malásia e Dubai entre seus compradores. A Índia raramente embarcou mais de 7 milhões de toneladas até o ano passado, quando as exportações atingiram um recorde histórico de 7,2 milhões.
Bloomberg