Indústria de biocombustíveis avança e chega ao Maranhão

Indústria de biocombustíveis avança e chega ao Maranhão

Alckmin participa de lançamento de pedra fundamental do complexo industrial da Inpasa Brasil, que deve produzir 460 milhões de litros de etanol por ano na cidade de Balsas (MA)

A política do governo federal de estímulo à produção de biocombustíveis no país rendeu mais um fruto, desta vez em Balsas, no Maranhão. Nesta terça-feira (10), foi lançada a pedra fundamental da instalação do complexo industrial da empresa Inpasa Brasil, destinado à produção de etanol, farelo, óleo bruto e energia elétrica. Com investimento inicial de R$ 1,2 bilhão, serão produzidos 460 milhões de litros de etanol e criados inicialmente 2.500 empregos na etapa da construção, e mais 1.500 depois da fábrica pronta.

Esta já é o quarto evento do tipo que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participa nos últimos meses, em diferentes regiões do país, o que comprova o avanço da indústria de biocombustíveis e reforça o foco deste governo em uma neoindustrialização sustentável e inovadora.

Em maio, o ministro inaugurou a Usina de Etanol da Nardini Agroindustrial, em Aporé (GO); em junho, participou da inauguração da ampliação da planta da indústria de biodiesel do Grupo Potencial, na Lapa (PR). No mês seguinte, foi à cerimônia de conclusão da obra de expansão do sistema de dutos da Logum Logística, responsável pelo transporte de etanol anidro e hidratado por um trecho de 128 quilômetros em SP. E, em agosto, esteve no lançamento da pedra fundamental de uma usina produtora de etanol da empresa Be8, em Passo Fundo (RS).

Os biocombustíveis são alternativas de energia mais limpa, contribuem para a renovação da matriz energética, diminuindo a emissão de gases causadores do efeito estufa. Além disso, são estratégicos para a economia brasileira: o país é um dos maiores produtores e exportadores de etanol do mundo.

“Dia de comemoração, um dos maiores investimentos do Brasil. Uma nova indústria, empregos, fortalecendo o agronegócio em toda essa região, agrega valor, gera salários maiores na indústria e promove o desenvolvimento na região”, afirmou o vice-presidente durante a cerimônia desta terça-feira.

Ele lembrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já enviou o projeto de lei do Combustível do Futuro ao Congresso. Entre outras medidas para incentivar a produção de biocombustíveis, o PL amplia o percentual máximo de etanol misturado à gasolina, que passará de 27,5% para 30%, contribuindo para um combustível mais limpo e menos poluente.

Rafael Ranzolin, presidente da Inpasa, agradeceu os esforços do governo federal para incentivar o setor de biocombustíveis e afirmou que, graças a ele, os empresários do segmento têm segurança para investir no país. “A gente já está em processo de biorefinaria, e isso faz com que a gente tenha muita segurança de investir no país.”

Ele também agradeceu aos incentivos ficais do governo do estado para que a indústria ali se instalasse. O governador do Maranhão, Carlos Brandão, disse não ter poupado esforços para isso. “Não posso perder a oportunidade de trazer essa empresa que vai gerar 2500 empregos inicialmente e mas 1.500 depois”, celebrou.

Complexo industrial de Balsas — A planta industrial a ser construída pela Inpasa está projetada para processar um milhão de toneladas de cereais, resultando na produção de 460 milhões de litros de etanol, 230 mil toneladas dos chamados grãos de destilaria (DDGS), 23 mil toneladas de OIL Premium e 200 GWH/ano de energia elétrica.

A Inpasa é uma das primeiras indústrias de etanol de milho do brasil, e maior produtora de combustível limpo e renovável à base de milho da América Latina, com duas unidades no Paraguai e três no Brasil.

Em seu processo industrial, busca aproveitar integralmente os grãos, sendo que, além do etanol anidro e hidratado, produz o DDGS - fonte de energia e proteína de alto valor agregado para nutrição animal e o óleo de milho utilizado como indutor energético na fabricação de rações e biodiesel. A indústria também é autossuficiente na geração de energia elétrica, cujo excedente é destinado à rede.

 

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços