A instalação de uma usina de etanol à base de milho foi pauta de reunião que ocorreu na última sexta-feira, na sede social do Sindicato Rural de Júlio de Castilhos. Representantes do município receberam integrantes da empresa do setor usineiro e do agronegócio.
A previsão é que a fabricação do combustível em Júlio de Castilhos poderá gerar cerca de 200 empregos diretos e 1,5 mil empregos indiretos. O investimento está orçado em R$ 450 milhões.
Os empresários informaram que está em andamento o plano de viabilidade econômica do projeto da usina e, também, as questões ambientais. Nos próximos dias, será realizada uma reunião do conselho da indústria, constituído por 11 sócios e consórcios, junto aos bancos financiadores para consolidar o projeto.
A intenção é construir a empresa no município, no entanto, somente será anunciada quando o recurso financeiro estiver liberado.
– Eu e o presidente da Câmara de Vereadores fomos a Sorriso, no Mato Grosso, convidar o empresário Dilceu Rossato a investir nessa usina em Júlio de Castilhos. Eles terão uma reunião para decidir sobre o investimento. Serão dois anos de obras em uma área de 20 hectares na área industrial de Júlio de Castilhos, numa fábrica que vai produzir quase 500 mil litros de etanol à base de milho por dia, para misturar na gasolina ou puro, para abastecer carros – conta o prefeito de Júlio de Castilhos, Bernardo Quattin Dalla Corte (PSDB).
Safras
As safras de milho e cana-de-açúcar entre 2021 e 2022 ocorreram em direções opostas: enquanto a primeira avançou 29% em relação ao ciclo passado, a produção dos canaviais recuou 10,6 %, após uma quebra histórica provocada por longos períodos de geadas e incêndios.
Esse movimento, apontado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), reflete no perfil do etanol brasileiro, permitindo que o produto derivado do milho ganhe espaço no mercado de combustíveis.
No Brasil, o etanol à base de milho corresponde a 13% do total produzido, sendo que, há dois anos, sua participação não passava de 6%. Até 2030, a previsão do setor é atingir os 20%, cerca de 10 bilhões de litros.
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