Lucro da CerradinhoBio cresceu 187% no terceiro trimestre da safra

Lucro da CerradinhoBio cresceu 187% no terceiro trimestre da safra

No acumulado de nove meses, resultado líquido diminuiu 70%, pressionado pela queda dos preços do etanol

A CerradinhoBio, do setor sucroenergético, fechou o terceiro trimestre da safra 2023/24 com lucro líquido de R$ 87,8 milhões, o que representou um aumento de 186,8% em relação ao mesmo período da temporada anterior. Na mesma base de comparação, a receita líquida cresceu 1,2%, para R$ 580,2 milhões.

No acumulado dos nove primeiros meses da safra, em contrapartida, o lucro líquido caiu 69,9%, para R$ 86,5 milhões, e a receita líquida diminuiu 6,3%, para R$ 1,84 bilhão.

Em comunicado, a CerradinhoBio disse que a diminuição das receitas no acumulado em nove meses deveu-se à queda dos preços do etanol ao longo dos seis meses da safra 2023/24. A participação do produto na receita consolidada caiu 15,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Nos nove primeiros meses da safra passada, a empresa faturou R$ 1,036 bilhão com a venda do biocombustível, mas, no ciclo atual, o montante foi de R$ 830 milhões. O volume de vendas, por sua vez, aumentou 3,4%, para 335 milhões de metros cúbicos.

Sobre os dados operacionais, a CerradinhoBio comunicou o processamento de 4,7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar nos nove primeiros meses de 2023/24. O volume é 1,9% menor que o do mesmo período da última temporada.

Fatores
“Os principais fatores que levaram à queda da moagem foram o aumento do volume de chuvas e falhas operacionais, com implicações no ritmo da moagem no início da safra”, disse a empresa no comunicado.

No acumulado da safra, a quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) teve leve redução, de 1%, em relação ao período anterior, passando de 134,1, para 133,3 quilos por tonelada. A diminuição deveu-se principalmente ao fato de a maior parte da colheita se concentrar nos meses mais chuvosos.

Durante os nove meses de 2023/24, a produção de etanol de cana na CerradinhoBio atingiu 407 mil metros cúbicos, o que representou uma queda de 1,1%. A diminuição refletiu a retração da moagem decorrente do aumento do volume de chuvas e às falhas operacionais.

Sobre o farelo de milho, a empresa informou que o voume cresceu 37,2%, para 155 mil toneladas. A fabricação de óleo de milho cresceu 92,5%, atingindo 10,2 mil toneladas, refletindo a expansão da planta da Neomille em Goiás.

 

Globo Rural