Má informação + geração deliberada de medo! - Por Antonio Iafelice

Má informação + geração deliberada de medo! - Por Antonio Iafelice

Segui minhas pesquisas primárias de campo no exterior e no Brasil...

Três períodos comentados nas nossas publicações anteriores: recessão pandêmica, oportunidades pandêmicas-pandemônio bem aproveitadas pelos brasileiros, e político-social-eleitoreiro com contas a pagar, inflação e juros altos, ajustes consequenciais dos mercados de commodities em geral esperados, dada situação real de choque de oferta num cenário de demanda real menor, dado achatamento nas rendas dos consumidores (classes C,D,E,EE) criando um perigoso ambiente de insatisfação geral dos bilhões de pessoas prejudicadas neste contexto.

Correto esperar que cada agente econômico busque da forma que puder os melhores resultados trabalhando para a evolução e sustentação dos seus negócios e operações. Esse é o princípio capitalista e mesmo das esquerdas sociais como na China e outras modernas: gerar riquezas e distribuir rendas a satisfazer minimamente suas populações nos essenciais para uma vida digna e melhor.

 A vida de fato ficou pior, erraram na dose excluindo as pessoas do básico: alimentação e bem-estar social mínimo aos seres humanos deste planeta e na forma de inserção socioeconômico, gerando medo e insegurança como se vê.

 Pois nesse lufa-lufa, o eixo de poder deslocou-se para outros segmentos da economia, em favor do prático e imediato, não se importando como, banalizando práticas e formas de atuar no mundo. Essa transição será complexa e dolorosa, mas sem volta, mal necessário a permitir a implementação do novo modelo e novas formas digitais interconectada de agir e trabalhar.

Alguns com maior visão se lançaram na direção certa, mas mesmo nestes se percebe muitos erros que poderão machucá-los muito. Trilhões de dólares já viraram pó nos últimos meses como vinhamos preconizando. Sim há muitas oportunidades se ajustarmos nossos prumos e proas na direção certa.

A guerra russo-ucraniana em forma e conteúdo é apenas consequência de os russos, beneficiários diretos com as altas fabricadas de preços, nunca ganharam tanto.

 Como se sai inteiro e melhor nessa quarta fase: ajustando-se à normalidade da lei de oferta e procura combinada com os perceptíveis fatores macroeconômico-sociais que já são evidentes pelas quedas importantes nos preços de todas as comodities e, por decorrência nos mercados de valores e sistemas financeiros globais por toda a parte, planejando e tomando as melhores opções para o médio e longo prazo. Sairão mais fortes e adaptados ao mundo novo atual. O passado, passou!

 Um exemplo:

Um sinal de alerta para bancos brasileiros

O cenário macroeconômico se tornou mais desafiador para os bancos brasileiros neste segundo semestre diante das previsões cada vez mais consensuais de uma recessão nos Estados Unidos e dos impactos do ciclo mundial de alta dos juros - para conter a inflação - nos fluxos de capital para países emergentes, segundo analistas e gestores ouvidos por Bloomberg Línea.

 Os balanços dos gigantes americanos JPMorgan (JPM) e Morgan Stanley (MS), considerados decepcionantes, acenderam o sinal de alerta no mercado devido à redução dos lucros e das receitas reportados no segundo trimestre.

 A safra de resultados dos bancos brasileiros só começa na última semana do mês. Inadimplência, diversificação de receitas e controle de custos são apontados como os principais pontos a serem observados por investidores.

 A piora da qualidade do crédito é o principal ponto a ser observado nos resultados financeiros do segundo trimestre do setor bancário, segundo o analista Pedro Leduc, do Itaú BBA.

Muito PowerPoint e Pouco Excel, disse um amigo, sobre o ciclo de investimentos vivido pelo setor sucroalcooleiro no período 2007/2008, e, que vale perfeitamente para hoje, bem como para todas as commodities naquela ocasião, incluindo moedas e fluxos financeiros que redundaram na quebra de inúmeras grandes empresas a influenciarem um novo modelo ora resultante. As más  atitudes e decisões em 2014 na Europa levaram ao caos atual. Causa e efeito!

 Estive conversando com dezenas de empresários agrícolas e do agronegócio correlatos, e nada é novo ou surpreendente, prêmio e penitência, essa é a vida de sempre, faça certo e trabalhe muito usando a cabeça e ganhe, ou haja mal e despreze o prudente e lógico e será corrigido e devolverá parte ou tudo que ganhou!

 Preços atuais, já vimos muitas vezes o petróleo acima de USD 100.00/barril, comodities todas aos níveis a que chegamos, inflação, juros altos, e a diferença sendo corrigida é o diferencial falso que agregou custos e preços mais altos, assim inflação e juros altos e tudo o mais, levando os consumidores e mercados ao desespero e insanidade. O preço do combustível na bomba era base moeda constante a estes níveis no passado 30 a 40% menor do que atual, bem como os da cesta básica, da energia elétrica, e, essa correção dolorosa é o que se vê agora. Corta-se os excessos daí os mercados virem aos fundamentais.

 Exemplo vivido: o mercado do algodão caiu 50%, em tempo de penúria: as nossas avós e mães davam prioridade à comida e energia no conta gotas das suas possibilidades, e remendavam as camisas e calças para usarmos mais um pouco. Verdade? Isso não mudou!

 Onde está a renda para sustentar a demanda a consumir essa superoferta de tudo?

 A situação dos Bancos é delicada como falamos acima, e, buscam novos caminhos como temos observado, incluindo reaprender a dar crédito, e ou, infelizmente ao influir na política do lado vermelho para proteger os próprios interesses imediatos em detrimento de um futuro de centro, com crescimento muito maior do país e deles próprios.

Fiquei decepcionado e frustrado pelo quanto de mal foi criado nesse universo de má informação e do medo.

Sou positivo dadas novas oportunidades especialmente em pesquisa e novas tecnologias para uma nova revolução industrial e de todos os negócios.

 Sou otimista pois, ao contrário do que propagam estes ajustes e o futuro após 2023 com dados já disponíveis de mercados em geral, levam que teremos mais novas oportunidades com grande crescimento do país já preparado para este novo passo, se o desejarmos de fato.

 A bola está em nossas mãos, ousem com coragem, o cavalo está encilhado.

 

*Antônio Iafelice - CEO Consultor | Conselheiro do Conselho Superior do Agronegócio - COSAG/ FIESP | Executivo Sênior Operacional | Expert em Agronegócio | Criação de empresas abrangendo todas as fases do negócio.

 

Fonte: Antônio Iafelice

 

 

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