Moagem de cana deve cair em 2024, reduzindo oferta de açúcar e etanol

Moagem de cana deve cair em 2024, reduzindo oferta de açúcar e etanol

A moagem de cana-de-açúcar na safra 2024/25 no Centro-Sul está prevista para cair 9,8%, atingindo 592 milhões de toneladas, devido à escassez de chuvas, de acordo com a Datagro, uma das principais consultorias do setor. Entre outubro e fevereiro, a região registrou um déficit de 26,7% nas precipitações em comparação com a média histórica, e 12% abaixo do mesmo período da safra 2020/21, quando a moagem totalizou 524 milhões de toneladas.

A Datagro ressalta, no entanto, que o canavial está em melhores condições agora, o que justifica a expectativa de um volume processado maior. No entanto, a preocupação com o clima persiste, já que as previsões indicam chuvas iguais ou menos intensas no Centro-Sul durante março e abril, de acordo com a consultoria.

Em relação aos produtos derivados da cana, a produção de açúcar deve diminuir 4,8%, alcançando 40,5 milhões de toneladas, apesar de um aumento na proporção destinada ao açúcar, chegando a 51,6%, em comparação com os 48,9% da safra anterior. Com uma menor parcela de cana direcionada ao etanol, a produção total do biocombustível deve cair ainda mais, aproximadamente 9,3%, para 30,4 bilhões de litros, incluindo o etanol de milho.

Prevê-se uma queda de 19% na produção de etanol hidratado, enquanto a de anidro deverá aumentar em 5%. Devido ao aumento do consumo de etanol hidratado, a Datagro antecipa preços mais favoráveis para o biocombustível neste ano em comparação com 2023. Considerando apenas a produção de etanol proveniente de milho, a Datagro estima um crescimento de 6%, atingindo 7 bilhões de litros.

Em Goiás, o presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol (Sifaeg), André Rocha, disse ao Jornal Opção que o levantamento ainda está sendo produzido e que ainda não há uma estimativa. Ele afirmou que as reuniões com os produtores já estão acontecendo e que espera que em cerca de duas semanas já tenha os números das estimativas.

 

Por Rafael Rodrigues

Jornal Opção