Mubadala apresenta melhor oferta para comprar BP Bunge, diz agência

Mubadala apresenta melhor oferta para comprar BP Bunge, diz agência

O Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, fez a melhor oferta para comprar a joint venture brasileira de etanol BP Bunge Bioenergia, a terceira maior processadora de cana-de-açúcar do mundo, disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto. Este seria o primeiro investimento do fundo em etanol no Brasil.

A proposta de aquisição que o Mubadala apresentou tem melhores termos e condições do que a da empresa de energia Raízen, a maior produtora de açúcar e etanol do país, que também está na rodada final da negociação, disseram as fontes, que pediram para não ser identificadas. A Raízen, uma joint venture entre Shell e Cosan, não respondeu a pedidos de comentário fora do horário comercial. Mubadala e BP Bunge não quiseram comentar.

Segundo uma das fontes, o Mubadala está bem posicionado para comprar a empresa. Nenhum negócio deverá ser fechado antes das eleições presidenciais no Brasil, afirmou uma das pessoas.

A BP Bunge Bioenergia poderia valer entre R$ 9 bilhões e R$ 10 bilhões, como informou o Valor. Em email para a "Bloomberg", a Bunge afirmou que não comenta rumores de mercado.

“Como dissemos antes, a Bunge continua avaliando opções para sair de nossa participação em nossa joint venture de açúcar e bioenergia. Embora estejamos satisfeitos com o desempenho dos negócios, isso não é essencial para nossa estratégia geral de negócios”, acrescentou a companhia.

A Bunge vem tentando se desfazer de suas usinas de etanol no Brasil há anos. Em 2018, ela considerou uma oferta pública inicial de ações antes de entrar na joint venture com a BP, em junho do ano seguinte. Ambos os acionistas estão dispostos a vender, disseram as fontes.

A BP Bunge Bioenergia tem 11 unidades produtoras e capacidade de moagem anual de 32 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, segundo o site da empresa. Ela produz mais de 1,5 bilhão de litros de etanol, 1,1 milhão de toneladas de açúcar e exporta 1,2 mil gigawatt-hora de energia para a rede elétrica brasileira.

 


Valor Econômico