Lula não estava errado quando disse que o Brasil poderia se tornar uma Arábia Saudita Verde com a produção de etanol.
Leia o trecho de uma reportagem publicada pela revista Época em 2007:
"Depois de rodar pelo país e se encantar com o processo de produção do álcool a partir da cana-de-açúcar, Thomas Friedman, colunista do New York Times e um dos maiores especialistas em Oriente Médio, voltou para os Estados Unidos convencido de que o Brasil pode se tornar a Arábia Saudita do álcool. A comparação com o maior exportador mundial de petróleo não é delirante. O Brasil é o país mais avançado em combustíveis de origem vegetal, também chamados biocombustíveis. Temos matéria-prima competitiva, tecnologia de ponta, um mercado maduro e espaço para crescer. Foi esse potencial etílico que trouxe para cá o subsecretário de Estado americano para Assuntos Políticos, Nicholas Burns. Ele veio na semana passada para tratar de um acordo estratégico entre os dois países na área de energia. Em março, quem virá ao Brasil falar de combustíveis alternativos é o próprio presidente George W. Bush, cujas ligações com a indústria do petróleo são históricas."
O fato é que o Brasil apresenta vantagens competitivas enormes na produção de etanol com cana, em relação ao etanol de milho, produzido nos Estados Unidos.
O problema foi o que o ex-presidente Lula e sua discípula Dilma Rousseff, suposta especialista em energia, fizeram com a indústria de etanol: desmantelaram-na com uma política artificial de preços, que tornou mais vantajoso usar gasolina a álcool.