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A Pedra Agroindustrial, que tem três usinas em operação em São Paulo, poderá dar um salto de 10 milhões de toneladas por safra em sua capacidade de moagem de cana com as duas novas unidades que adquiriu em Mato Grosso do Sul.
Foi o que disse ao Sérgio Luiz dos Santos, gerente corporativo agrícola da companhia, que participa do Simpósio de Bioenergia de Mato Grosso do Sul. Se tudo der certo, portanto, o grupo sucroalcooleiro poderá dobrar sua capacidade, que hoje está em 10,5 milhões de toneladas de cana por safra.
Avanço gradativo
Esse avanço, porém, deverá acontecer aos poucos, já que a companhia precisa investir no plantio de novos canaviais em Paranaíba (MS) para abastecer as duas unidades adquiridas na região. Segundo afirmou o executivo ao Valor, a expansão deve respeitar o fluxo de caixa de cada ano da companhia e as oscilações de mercado. Considerando que cada projeto leva mais de 15 anos para ser concluído, a Pedra pode levar entre 20 e 30 anos para alcançar a expansão prevista, acrescentou.
O primeiro passo deve ser dado este ano, com a reforma e o transporte dos equipamentos industriais que estão na Usina São Fernando. A Pedra comprou a unidade no processo de falência da São Fernando, mas deve retirar todos os equipamentos da unidade para montar a Usina Cedro.
A nova usina também foi comprada recentemente pela Pedra, já com licença, e deverá começar a processar cana em 2024, quando os primeiros lotes de canaviais tiverem alcançado maturidade e quando deverão ser processadas 1 milhão de toneladas de cana, segundo o gerente.
Inicialmente, a usina terá capacidade para processar 2,4 milhões de toneladas de cana por safra, mas o pano é ampliá-la para 5 milhões de toneladas de cana por safra. A Pedra avalia que pode alcançar essa capacidade máxima da Usina Cedro em 2028 ou 2029, a depender das condições de mercado.
Na mesma região, a companhia também começará a equipar outra unidade que foi adquirida recentemente. A planta ainda será licenciada, e daqui a alguns anos a construção será iniciada. O plano é que a capacidade de processamento alcance de 5 milhões de toneladas de cana por safra.
Para garantir a oferta de matéria-prima na região para abastecer as duas novas unidades, a Pedra terá que plantar com cana uma área entre 120 mil e 140 mil hectares, segundo Santos.
VALOR ECONÔMICO