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A Petrobras anunciou nesta quinta-feira que concluiu a comercialização do primeiro lote de Diesel R5 produzido para testes comerciais. A produção de 1,5 mil metros cúbicos foi realizada na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Curitiba. Segundo a estatal, "trata-se de um importante passo para a venda regular e de maiores volumes do produto."
O Diesel R5 é obtido a partir do coprocessamento de diesel fóssil e materiais orgânicos (neste caso foi usado óleo de soja refinado fornecido pela Bunge), que resulta em um produto com 5% de material renovável, também chamado de diesel verde.
A Petrobras não informou para quem o diesel R5 foi vendido, mas disse que as distribuidoras farão a adição dos 10% de biodiesel éster, conforme estabelece a legislação atual.
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) já analisa a possibilidade de o diesel renovável ser considerado no mandato do biodiesel, atualmente estabelecido em 10% de mistura no diesel fóssil, mas o setor produtivo do biocombustível é contrário.
O lote de Diesel R5 comercializado foi acompanhado de declarações com a indicação da redução da emissão de gases de efeito estufa calculada de acordo com o volume adquirido pelas distribuidoras. Segundo a Petrobras, no caso do Diesel R5, "evita-se, potencialmente, a emissão de uma tonelada de CO2 equivalente a cada 9,5 mil litros, aproximadamente, comparando-se com o diesel 100% fóssil".
O cálculo considera as emissões do combustível fóssil durante as etapas de extração, produção e uso. Para as emissões do conteúdo renovável, a conta considera a produção da matéria-prima, a extração do óleo vegetal, o coprocessamento na refinaria e uso final, além dos transportes intermediários entre todas essas etapas.
Valor Econômico