Pós Pré-sal - Por Claudio Belodi

Qualquer cidadão minimamente informado sabia (ou sabe) que o pré-sal, serviu muito mais como tema de política populista que o engrandecimento econômico do país, no médio prazo.
Que tenha lá tais reservas fundo de riqueza e benefícios para a nação, isso é indubitável. Servirá para a posteridade quando condições exploratórias (produção e mercado) aceitarem valores mais realistas, em relação à presente demanda e competitividade.
O exagero das expectativas, beneficiando uns poucos, está sintetizada na notícia abaixo, publicada no jornal Folha de São Paulo, no dia 1º/10/2016.
Pela notícia não se deduz ou se busca a culpa em alguém, mas confirma que o exagero teve suas razões políticas. Poder, participação no poder, barganhas de poder e manutenção do poder são razões muito claras
Depreende-se as reais intenções de tanta publicidade, de tanto ânimo de investimentos, de praticamente abandonar outras tantas atividades essenciais ao país, do alvoroço de financiadores e captadores de recursos (garantidos pelo país) de, sem dinheiro próprio, fazerem bilionárias inversões de capital em águas profundas. Que “houve um certo eudeusamento do pré-sal...” todos sabem. O que muitos não acreditam, ou se escondem de saber, é que ele desenfreou a crise econômica e política. Aquela pelos desperdícios e desvios históricos e a outra pela avidez descabida de apropriação indébita e tentativa de perpetuação de poder. E ainda tem muita gente que acha que a situação é de golpe. Quantos golpes foram desferidos à nação, quanto retrocesso havemos de enfrentar para retomar o progresso, quanto esforço temos de fazer para criar trabalho e gerar riquezas, melhorar a educação e, simplesmente, termos hospitais funcionando, para entendermos que a situação é caótica
Golpe duro, este sim, foi o desferido contra o Brasil, causando a mais profunda crise, nunca antes vista na história desse país.