A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) estima que os preços do óleo diesel poderiam ser reduzidos pela Petrobras em 2%, em média, ou R$ 0,09/litro, para ficarem em linha com o mercado externo.
Ao mesmo tempo, segundo a Abicom, os preços da gasolina poderiam ser elevados em 3%, ou R$ 0,11 por litro, a fim de zerar a defasagem dos preços em relação ao mercado externo, calcula a entidade.
No fechamento do mercado de ontem, o barril do petróleo Brent encerrou negociações com cotações abaixo dos US$ 100, o que não ocorria desde abril, devido a pressões pelos temores de que a desaceleração econômica e que a realização de novos lockdowns na China prejudiquem a demanda pela commodity.
Da mesma forma, o dólar encerrou o dia negociado a R$ 5,43, maior nível desde o dia 26 de janeiro, também puxado pelo receio de uma recessão global.
Projeção da StoneX para combustíveis
De acordo com cálculos da consultoria Stone X, os preços do óleo diesel estão praticamente alinhados com os praticados pelo mercado internacional, enquanto os da gasolina poderiam ser reduzidos hoje pela Petrobras.
Segundo as estimativas da StoneX, o reajuste necessário para o óleo diesel ficar totalmente em linha com o mercado externo, conforme a política de Paridade de Preços Internacional (PPI) da Petrobras, seria de 0,2%, ou R$ 0,01 por litro.
Já a gasolina poderia ter uma redução de 5,0% nos preços praticados pelas refinarias, ou R$ 0,20 por litro, aponta a StoneX. Ou seja, os preços no mercado brasileiro estão acima dos praticados no exterior
Valor Econômico