A produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil deve ter acumulado 2,5 milhões de toneladas na segunda quinzena de junho, baixa de 13,6% frente a igual período do ano passado, estima pesquisa da S&P Global Commodity Insights com 10 analistas.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) deve publicar os números oficiais no início da próxima semana.
Entre os analistas ouvidos, a expectativa de moagem varia de 41 milhões a 46,9 milhões de toneladas de cana, com média de 42,6 milhões de toneladas. Se confirmado, o volume médio representará queda anual de 6,3%.
“O clima foi favorável durante a segunda quinzena de junho, permitindo que as usinas maximizassem a moagem”, afirmou a Platts Analytics.
O levantamento espera que o mix de açúcar no período fique em 45,3%, ante 47,6% um ano antes. Segundo a análise, os produtores brasileiros aproveitaram a alta recente dos preços do etanol durante os estágios iniciais da safra, mas agora as usinas devem começar a direcionar mais matéria-prima para a produção de açúcar.
A fabricação de etanol de cana deve totalizar 1,98 bilhão de litros na segunda quinzena de junho, queda de 6% na comparação com o ano anterior. Já o índice de Açúcar Total Recuperável (ATR) deve ficar em 137,3 kg/t na quinzena, baixa de 3,1% na comparação anual.
“As variáveis mais esperadas pelo mercado no 2º semestre de junho são a evolução do ATR, que ficou abaixo do esperado nas quinzenas anteriores, e o mix de açúcar após a mais recente queda no preço do etanol”, completou a entidade.
A Platts calcula que o hidratado em uma usina em Ribeirão Preto (SP) convertido em equivalente açúcar bruto ficaria em 16,23 centavos de dólar por libra-peso ontem (7).
Como o vencimento outubro/22 do contrato futuro de açúcar na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fechou a sessão da última quinta-feira a 18,52 centavos de dólar por libra-peso, há um prêmio de 2,29 centavos de dólar por libra-peso sobre o preço do etanol hidratado em equivalente de açúcar, segundo o levantamento.
Money Times (08/07)