Sphenophorous levis: controle difícil ou ineficaz? - Por Arthur Belarmino

Sphenophorous levis: controle difícil ou ineficaz? - Por Arthur Belarmino

Para abordar o assunto, utilizarei três perguntas – ou melhor: três provocações.
1) Estamos utilizando o controle mecânico como principal prática para reduzir a população da praga?
Infelizmente, vez ou outra, ainda vemos essa prática sendo negligenciada. Só utilizando o eliminador de soqueira, estamos falando de uma eficiência de controle da praga de 70%! É preciso dizer mais alguma coisa sobre a sua importância?

2) Estamos regulando bem o eliminador de soqueira, de forma que a maior quantidade de tocos fiquem expostos e não enterrados?
É mais comum do que o esperado, mas, em muitas áreas, observamos uma quantidade absurda de tocos enterrados ao invés de expostos. Se os tocos ficam enterrados com palha e/ou solo, a praga também fica enterrada, consegue finalizar seu ciclo e, consequentemente, a população aumenta consideravelmente!

3) Estamos atrelando o controle químico ao controle mecânico?
Adotando essa prática, aumentamos a eficiência de controle da praga de 70 para 80%! Os números falam por si sós.

O que podemos concluir?
Não existe controle eficaz sem a utilização correta das práticas necessárias. Práticas de controle mal utilizadas = redução de produtividade = perdas econômicas! Embora o Sphenophorus levis seja uma praga de grande preocupação, é possível torná-lo um coadjuvante em vez de permitir que assuma o papel de protagonista.

*Arthur Belarmino - Dr. em Solos e Nutrição de Plantas | Pesquisador no Centro de Tecnologia Canavieira

 

Retirado da página do Linkedin de Arthur Belarmino (01/11)