Tereos poderá vender etanol do Brasil a países da Europa e à Califórnia

Tereos poderá vender etanol do Brasil a países da Europa e à Califórnia

A sucroalcooleira Tereos conseguiu novas certificações, a Bonsucro EU/RED e a CARB, para duas de suas unidades no Brasil. Essas espécies de chancelas atestam a sustentabilidade dos processos de produção de etanol pela companhia e permitem a venda do biocombustível para importadores da Europa e da Califórnia, nos Estados Unidos.

Agora, a operação brasileira passa a ter um potencial de embarque de etanol anidro de até 102 mil metros cúbicos à Europa e de até 72 mil metros cúbicos para o mercado californiano, segundo a empresa francesa.

As duas unidades certificadas ficam em São Paulo. A unidade Mandu já tinha a certificação Bonsucro e mudou seu escopo para o padrão europeu, expandindo a possibilidade de exportação para esse mercado. Além disso, a Usina Vertente, sócia dos grupos Tereos Brasil e Humus, acaba de ser certificada pelo CARB, além de receber a recertificação na Bonsucro EU/RED.

“Estamos constantemente avaliando as janelas de exportação de etanol. Na última safra, devido a condições mais favoráveis no mercado interno, a Tereos fez exportações para outros mercados, como o asiático”, afirma Felipe Mendes, diretor de sustentabilidade, tesouraria e novos negócios da empresa.

Segundo a companhia, o potencial de exportação do biocombustível para a Coreia do Sul, por exemplo, é de 80 mil metros cúbicos por safra.

A Bonsucro é uma certificação internacional que atesta o comprometimento e a responsabilidade socioambiental das empresas que atuam na cadeia do açúcar. Avalia requisitos de sustentabilidade implementados, como plano de gestão ambiental, de resíduos, condições de trabalho e capacitações. Analisa, também, os índices de emissões de gases de efeito estufa pela mudança do uso de solo após 2008.

Já a California Air Resources Board (CARB) é o organismo da Califórnia que define regras para controle de poluição atmosférica. O programa tem uma metodologia própria para cálculo da intensidade de carbono do biocombustível comercializado, ou seja, a emissão de gases de efeito estufa por litro de combustível até a sua chegada à Califórnia.

“ Com as novas certificações, reforçamos esse nosso comprometimento e como estamos contribuindo com um futuro cada vez mais sustentável para todos”, diz Mendes.

 

Por Nayara Figueiredo
Globo Rural