Tratado do clima - Por Claudio Belodi

A Convenção sobre o clima, agora reforçada pelo Acordo de Paris abre uma possibilidade imensa ao Brasil no desenvolvimento e uso de energia restituível. É preciso entender que o Brasil pela sua posição geográfica no globo e recursos abundantes se presta a ser uma liderança absoluta no mundo, nesse tema.
A forma mais racional de conversão da energia natural em usos econômicos é a que cria substratos para as mais amplas finalidades, fomenta a ocupação humana pelo trabalho e preserva os recursos naturais, dos quais o solo é um deles, apesar de alguns players defenderem posições tecnológicas mais simples, como a energia solar e a eólica. Há algo de mais positivo para enfrentar os desafios socioambientais?
A oportunidade que se abre ao Brasil para o desenvolvimento e de melhoramento da performance de projetos e processos sustentáveis, com a criação de plataformas industriais próprias, é imensa. Do contrário vamos continuar amargando a não competitividade.
A plataforma de biocombustíveis, é quase única no primado de contribuir com políticas de baixo carbono, com efetivo controle das emissões de gases de efeito estufa e, consequentemente, frear o discurso do aquecimento global. 
Cobertura vegetal tem o poder de rápida conversão do carbono e sua evolução tecnológica é superior à de outros combustíveis, sendo sua matriz, indubitavelmente, razão mais que suficiente para a consciência do seu uso. 
Para o acordo do clima se consagrar são necessárias políticas com fundamentos econômicos, pois na prática a ecologia filosófica não prosperará, dado que a profligação é um recurso de riscos, porém facilmente lucrativa, contrapondo-se aos objetivos e metas almejados. Não se alcançará a preservação de biomas e espécies sem que haja uma recompensa econômica. Não por benesses, mas de meios que o
tratado resulte em estímulos para ações de progresso econômico, único capaz de satisfazer a escalada da qualidade de vida, prescrita inclusivamente por ambientalistas.
Com a iniciativa privada estimulada, por ser melhor gestora que o Estado, o resultado aflorará em menor tempo e custos muito inferiores. Acredita-se que o Acordo de Paris é uma ótima oportunidade para o desenvolvimento sustentável dos países que adotarem essa equação do viés econômico, em ações de mitigação e substituição de suas fontes de energia.
Por sua vez, cabe a iniciativa privada antecipar-se na contribuição do processo de inovação, com investimentos em pesquisas e desenvolvimentos, de forma a atrair o grande público como tributário 
Com o selo de grande produtor de biomassa, os empreendedores brasileiros poderiam se antecipar num modelo de amparo às causas do clima, até para defesa da prosperidade da tecnologia implantada no país, com o fomento de um Centro de Análise e Triagem de Inovações, que daria guarida a enorme capacidade que vem aflorando na sociedade civil e nas universidades, de geração de soluções.
Na guarida do tema, seria um enorme avanço da iniciativa independente, obrigando inclusive a adoção de políticas modernas e não submissas a postulados de direção oblíqua.
Não é produtivo ficar em berço esplendido na esperança de políticas governamentais, as quais são sempre indefinidas e tem altos custos sociais.