Usina está igual ‘barata tonta’ sem saber como formar preço do etanol em julho, diz Archer

Usina está igual ‘barata tonta’ sem saber como formar preço do etanol em julho, diz Archer

Como a limada do ICMS para combustíveis (e outros setores considerados essenciais) influi nos preços do etanol hidratado, diretamente aos estados nos quais da alíquota já estava acima de 17%, a pergunta que não quer calar é: como o mercado vai formar preço do biocombustível em julho?

Em queda já está, mas por obra do movimento de defesa das distribuidoras, e as usinas acabam cortando.

Mas do ponto de vista tributário, o consultor Arnaldo Correa, da Archer Consulting, traz novo brilho a essa confusão.

Em artigo, ele lembra que o governo se dispôs a ressarcir os estados que tiverem perda de arrecadação acima de 5% – a proposta de compensação sobre a alíquota zero ainda não está em jogo -, mas de agosto a dezembro, “e ignora o mês de julho”.

O auxílio financeiro seria de R$ 3,8 bilhões em cinco parcelas, ou mais de R$ 5 bilhões, segundo outras fontes, e sem respeitar a proporcionalidade de produção de cada estado – o que mostra outros lances das “barbeiragens propiciadas por esse governo”.

Em que pese que as usinas mais prudentes vão segurar e estocar o produto esperando o andar das coisas, inclsuive do petróleo, como acredita Correa – e embora a capacidade delas seja limitada -, os resultados práticos do “pacote de bombades” já estão na conta.

Os preços caem em geral – e nos estados com o etanol já competitivo por alíquotas então abaixo do novo teto -, e Nova York também sente o impacto da fuga de recursos do açúcar.

Em outro exemplo, Arnaldo Correa referenda o que Money Times publicou pela manhã, quanto à evaporação das posições compradas dos fundos especuladores em Nova York, que ele complementa:

“De verdade mesmo o que dizer da inacreditável queda da posição em aberto no mercado futuro de açúcar? O mês de junho encerrou com 718.000 contratos, a menor posição desde dezembro de 2017”.


Money Times