Usinas reduzem ritmo de fixação de preços de açúcar para 2023/24

Usinas reduzem ritmo de fixação de preços de açúcar para 2023/24

As usinas brasileiras reduziram ao longo de maio o ritmo de fixação de preços de exportação de açúcar para embarque na próxima safra (2023/24), que começará em abril do ano que vem. De acordo com levantamento da Archer Consulting, as empresas acertaram o hedge de 4,632 milhões de toneladas até o fim de maio, o que corresponde a 19,3% do que se espera que seja embarcado na próxima temporada.

No fim de abril, 15% das exportações de açúcar do próximo ciclo estavam fixadas. Na avaliação da Archer Consulting, “em função de tantas incógnitas que pairam sobre o mercado, ocorreu um natural desestímulo por parte das usinas de avançar no volume”. Entre as incertezas que rondam o mercado estão a política de preços de combustíveis no Brasil, o ritmo da economia global e a recuperação da produção em países produtores da Ásia.

O preço médio do açúcar de 2023/24 fixado até maio está em 17,40 centavos de dólar por libra-peso (sem prêmio de polarização), ou R$ 2.203 a tonelada posta no porto de Santos (com prêmio de polarização). Até o fim de abril, o preço médio estava em 17,26 centavos de dólar a libra-peso (sem polarização).

Os movimentos no mercado futuro reforçam os indícios de redução do volume de negociações. Segundo a Archer Consulting, em maio, o volume de contratos futuros de açúcar negociados foi de 2,1 milhões, uma queda de 36% em relação ao mês anterior.

 


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