As vendas dos carros movidos a eletricidade no Brasil já superaram 3.000 unidades no ano passado, ultrapassando o número de 2016.
A China lidera o mercado mundial de tais veículos com 450 mil unidades em 2017 e os EUA, em seguida, com 114 mil.
Carros elétricos e híbridos circulam, atualmente, no nosso país. Os híbridos possuem motores a combustão e elétricos, conjugados. A fim de abastecê-los, existem apenas 50 pontos de recarga elétrica.
A General Motors divulga a chegada do Chevrolet Bolt EV, totalmente movido a eletricidade. Nos EUA, o carro custa US$ 37.495.
Diversas alugadoras em São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza propagam ofertas de automóveis chineses das marcas BYD e Zhidou.
A tecnologia desenvolvida pelas fábricas prevê que 15 a 20 minutos de recarregamento elétrico serão suficientes, para completar até 80% das baterias elétricas.
No salão do automóvel de São Paulo, em outubro deste ano, a Volkswagen apresentará o E-Golf, na sua versão elétrica, importado da Alemanha.
Já são promovidas ações publicitárias e comerciais de incentivo ao uso dos carros elétricos e híbridos.
Noruega lidera o emprego dos veículos elétricos e híbridos em todo o mundo. Pouco mais da metade (52%) dos carros novos vendidos no país são “verdes”. Na nação nórdica, são isentados de impostos e pedágios os proprietários, com o benefício do reabastecimento das baterias e concessões grátis Enquanto subiam as vendas dos carros 100% elétricos, as licenças dos veículos a diesel declinavam de 31% para 23%.
O Contran do Ministério das Cidades pretende regulamentar a circulação dos veículos elétricos, a fim de garantir a segurança dos usuários e o “convívio” de tais carros com outros, que circulam no trânsito brasileiro. O tema já está incluído nos trabalhos do Rota 2030, programa de estímulo à indústria automobilística, com redução dos tributos desses veículos, induzindo a indústria automobilística brasileira na direção dos vetores da eficiência e ganho ambiental. Para Plínio Nastari, do Conselho Nacional de Política Energética, o Rota 2030 é irmão siamês do RenovaBio.
Biocombustível é patrimônio do país, asseverou Antônio Megale, da Anfavea. “Temos que convencer o governo para que isso seja central”.
Biocombustíveis (etanol e biodiesel) são a solução de curto prazo e já têm infraestrutura estabelecida, a tecnologia já dominada e usa as potencialidades do Brasil, completou.
Eletrificação veicular é solução de médio e longo prazo, com maior custo, exigindo a criação de infraestrutura e desafios ambientais.
Desta forma, a solução não é biocombustíveis ou eletrificação dos veículos: é a junção dos dois, na assertiva do presidente da Anfavea.
Sem dúvida, os veículos elétricos terão um papel relevante nos próximos anos. Contudo, há, ainda, um longo caminho a percorrer, para a aposentadoria dos modelos a combustão interna.
A indústria automobilística mundial está presentemente planejada para a produção de veículos de combustão interna, movidos a etanol, gasolina ou diesel. Perto de 8 milhões de empregos diretos existem no setor em todo o universo. Ademais, há aplicações em que os elétricos não conseguem substituir os combustíveis mencionados. Outro detalhe é no tocante aos caminhões, eis que as baterias pesam exageradamente e possuem restrita autonomia.
Luiz Gonzaga Bertelli é diretor e conselheiro da FIESP-CIESP e da ACSP