De Terra Tupi à Celeiro do Mundo

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Quando pensamos no mundo, Terra ou Planeta, logo pensamos no cenário de galáxia, sistema solar, universo e não entendemos a proporção que essa pequena palavra pode trazer vinculada à outro substantivo, por exemplo População Mundial, que hoje está estimada em torno de 7,30 bilhões de habitantes e todos seus problemas que esse conglomerado de pessoas podem acarretar . Com esses números, são necessários avanços na tecnologia em produção alimentar que pudessam solucionar o principal problema da humanidade: Alimento!

Figura 1- Brasil visto da Estação Espacial Internacional – Fonte: Nasa

República Federativa do Brasil ou popuparmente chamado como Brasil. Quinto maior país do mundo em extensão territorial (Com área 8.515.767,049 km²) e desde junho deste ano (2019) perdeu a 5ª posição no ranking mundial e ocupa a sexta posição em maior população com seus 208.494.900 habitantes. Bom esses dados servem de base para um cálculo importante sobre a questão levantada anteriormente: habitante/km². No Brasil este número é de 23,8 habitante / km².

Ok, então nós temos muita área por habitante se comparamor por exempo o Japão que possui 327 habitantes po km². Porém a taxa de produção Brasileira é baixa. Em um artigo da Embrapa Territorial, foi divulgado que a NASA confirmou os dados que tínhamos até o momento (29/12/17), nosso país têm apenas 7,6% de toda área territorial cultivada. Quando comparamos nosso Brasil com outros países percebemos que o Brasil ainda têm muito potencial produtivo à ser explorado. Países da União Européia e Índia por exemplo possuem média de 55% e 60% respectivamente de áreas cultivadas.

Figura 2- Gráfico de Percentual de áreas cultivadas dos dez maiores países. Fonte: NASA

Nosso país é um dos poucos que conquistaram a soberania e segurança alimentar. Superando o desafio de produção de alimentos, começamos a focar na qualidade destes.

O Segredo do Brasil?

Nossos produtores têm alcançado respeito mundial devido ao investimento e uso de tecnologias que cooperam para uma produção sustentável, diminuindo os impactos ao meio ambiente, maior produtividade e menor custo. Temos uma vasta área ainda à ser explorada para produção de alimentos, precisamos agora falar sobre as tecnologias para alcançar o título de “CELEIRO DO MUNDO!”.

Tecnologias em favor da Produtividade do Agronegócio.

A inovação das máquinas e implementos agrícolas são um dos fatores mais importantes para o aumento da produtividade. Aliados à técnicas de manejos, insumos, sementes e mudas mais produtivos, devido ao mapeamento e melhoramento genético, moléculas que podem aumentar a taxa de fixação e diminuir a lixiviação no solo dos nutrientes, substâncias específicas que exterminam cada fungo, nematóide, inseto ou planta invasora sem diminuir o potencial produtivo da cultura são as ferramentas mais utilizadas para alcançarmos outro patamar na produtividade agrícola.

Por exemplo, uma colhedora de Cana Convencional têm mais de 10 sensores, cada um identificando uma parte crucial do funcionamento. Sensor do Corte de Base, Sensor do corte de pontas, Sensor do exaustor Primário, Secundário, Sensor do Divisor de Linha, Sensor de leitura e mapeamento do solo, Sensor RTK que é interligado ao piloto automático do equipamento fazendo a integração e corrigindo a trajetória do equipamento com o auxílio dos satélites em tempo real, Sensor do Óleo, Sensor da esteira Rodante, Sensor da Esteira do elevador… e por aí vai.

Máquinas que têm todos seus sensores monitorados remotamente pelo computador de bordo, indicando qualquer anomalia em seu funcionamento prevenindo assim falhas mecânicas, desgastes e também falhas operacionais. Aumentando a vida útil do equipamento e potencializando sua produção. Telemetria é uma ferramenta bastante utilizada na agricultura e principalmente no setor sucroenergético. Porém somente a telemetria não consegue entregar todos os resultados. Mas a atuação de profissionais que interpretam e agem antes do erro acontecer é o que proporciona o bom funcionamento do sistema e processos agrícolas.

Inovação não é somente na área operacional. Quando o assunto é controle, temos diversos softwares de planejamento e controle, realizando o dimensionamento de recursos e variedades corretas relacionando solo, precipitações pluviométricas e climatologia. Tecnologia de Informação veiculadas à automação dos equipamentos mantendo o alinhamento, velocidade e plantio de acordo com o planejado. São diversos softwares funcionando 24h por dia, 7 dias na semana interrelacionados entre si afim de explorar o máximo potencial produtivo com a estrutura física e ambiental. Toda a inovação tecnológica não visa somente ganhos produtivos mas também têm o propósito de que, com o perfeito sincronismo das máquinas, planejamento e ambiente, o resultado é produtividade e conservação ambiental.

Questões ambientais do avanço Tecnológico.

Para os pseudo-ambientalistas e mídia, que agem visando o benefício próprio, difundindo falsas alegações sobre o agronegócio, o uso e ocupação do solo com atividades agrícolas é unicamente exploratório e degradante. Mas, por trás de toda tecnologia implantada, há um time de especialistas em análise de riscos e impactos ambientais, técnicas de manejo dos solos, manejo de culturas, ambientes de produção e diversas outras vertentes relacionadas à implantação da cultura e conservação ambiental. Temos também programas do governo que garantem princípios básicos de conservação como o CAR (Cadastro Ambiental Rural) , PRA (Programa de Regularização Ambiental), Renovabio (Metas de Descarbonização no Brasil, Incentivo ao uso de Biocombustíveis, Melhor qualidade do ar nas metrópoles), ISO’s.

Renovabio

Figura 3 – Infográfico da ABAG sobre Renovabio.

Desta maneira entedemos que o Brasil está se destacando no mercado internacional como potência produtiva e também pioneiro na utilização de tecnologias para potencializar a produção. Seja ela no manejo de solos, varietal, plantio, preparo e colheita, correção e adubação de solo, Aplicação de insumos…

Tudo isto, está intrinsicamente vinculado à vontade de oferecer à humanidade não só a esperança, mas a garantia de que haverá alimentos na mesa de “todo o mundo”, literalmente falando.

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